Maranhão diz que "história" vai avaliar seu mandato na presidência da Câmara
Prestes a deixar o mandato interino na presidência da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA) afirmou que a “história vai fazer a avaliação” de seu tempo à frente da casa legislativa, marcado por críticas de deputados de diferentes partidos e inclinações políticas.
“Nós demos as contribuições possíveis. Certamente a história vai fazer a avaliação daquilo que foi possível fazer”, disse Maranhão, num dos raros momentos em que parou para falar com jornalistas que o aguardavam na entrada do plenário de votações.
A Câmara realiza na noite desta quarta-feira (13) a eleição para o cargo de presidente, posto ocupado por Maranhão desde maio, com o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do exercício do mandato por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal).
Maranhão acumulou críticos por suas decisões administrativas na presidência e também por ser acusado de não conseguir comandar as sessões e estabelecer previsibilidade à pauta de votações.
Entre as decisões que desagradaram deputados de grupos distintos, estão as duas vezes em que Maranhão determinou que o processo de cassação de Cunha regredisse algumas fases e ainda quando ele anulou a votação da aprovação pela Câmara do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.
Mesmo em seu último dia, o deputado fez novos recuos: ele alterou por duas vezes o horário da eleição para a presidência da Câmara. Maranhão fixou o início da sessão para as 17h30, cerca de quarenta minutos após ter adiado a sessão das 16h para as 19h.
Em tom de despedida, Maranhão também fez um pronunciamento em plenário sobre seu tempo na presidência na sessão desta quarta. Ele afirmou que deixa o comando da Câmara "sem mágoas e sem rancor e com a consciência tranquila e limpa".
"O Brasil é maior que todos nós e seu destino será glorioso se cada um fizer a sua parte". Maranhão também se defendeu da acusação de que teria tomado decisões para protelar o processo de cassação do deputado federal Eduardo Cunha, de quem é aliado. "Minha motivação foi garantir o amplo direito da defesa e cumprir o regimento interno da Câmara." Ele encerrou seu discurso pedindo desculpas.
(*Colaborou Flávio Costa, de São Paulo)
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