Ministro do Turismo diz que será exonerado para votar Previdência
O ministro do Turismo, Marcelo Alvaro Antônio (PSL), afirmou em nota nesta noite que será exonerado a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para votar a favor da reforma Previdência no segundo turno na Câmara dos Deputados.
Segundo a pasta, ocupantes de cargos no Executivo que foram eleitos deputados para esta legislatura voltarão para o Congresso para a votação.
Seguindo essa lógica, além dele, os ministros Osmar Terra (MDB), Tereza Cristina (DEM) e Onyx Lorenzoni (DEM) também deverão ser exonerados para votar a favor do governo na Câmara - embora o porta-voz do governo, Otavio Rêgo Barros, não tenha confirmado essas outras exonerações, após ser questionado pela reportagem.
Segundo o ministério do Turismo, Antônio será reintegrado ao cargo após a votação.
Maia pretende retomar votação na terça
Hoje, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), afirmou que o segundo turno da votação da reforma da Previdência se iniciará nesta terça-feira (6).
Maia participou de uma reunião com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Mais tarde, em um evento da Fundação Estudar, em São Paulo, Maia disse esperar que a votação seja concluída ainda essa semana.
A votação, no entanto, só pode ocorrer após um prazo de cinco sessões após o primeiro turno. Só houve três sessões até o momento. Por isso, pode ser votado um requerimento para derrubar esse prazo, ou o texto só será votado na quarta.
Segundo Alcolumbre, na reunião foi feito um balanço sobre os trabalhos do primeiro semestre e ficou definido que o Congresso priorizará a tramitação da reforma da Previdência, da reforma tributária e o pacto federativo.
Laranjas
Deputado mais votado por Minas Gerais nas últimas eleições, Marcelo Alvaro Antônio é um dos ministros em posição mais delicada no Executivo. Conforme revelado pela Folha, ele é suspeito de chefiar um esquema de candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais no pleito do ano passado.
Durante as eleições, coube a Antônio escolher os candidatos que disputariam as vagas e, consequentemente, os valores destinados a partir do Fundo Partidário para as candidaturas.
No dia 27 de junho, o assessor especial do ministro, Mateus Von Rondon, foi preso pela PF (Polícia Federal) e solto cinco dias depois. Rondon seria o principal elo entre o ministro e o esquema de candidaturas laranjas.
Marcelo Álvaro Antônio nega todas as acusações.
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