Topo

Mais 36 médicos pedem demissão em Pernambuco

Angela Lacerda, do Recife

24/07/2007 18h14

Aumentou para 36 o número de pedidos de demissão entregues à Secretaria de Saúde por traumatologistas que trabalham na emergência dos três maiores hospitais pernambucanos - 15 do Hospital Getúlio Vargas, 12 do Otávio de Freitas e nove do Hospital da Restauração. Outros 139 médicos estão dispostos a seguir os colegas e entregaram cartas de demissão ao Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe). Os afastamentos deverão ser oficializados caso não se chegue a um consenso na assembléia-geral da categoria marcada para a próxima terça-feira.

De acordo com o Simepe, os médicos da rede pública estadual não suportam mais conviver com as péssimas condições de trabalho, sem implantação de plano de cargos e carreiras e aumento real dos salários. As emergências, que já trabalhavam com superlotação, tiveram o problema agravado com as demissões. A Secretaria de Saúde divulgou nota em que garante já ter apresentado nova proposta à categoria, com a implantação do plano e um aumento de 83% na gratificação do Sistema Único de Saúde (SUS) passando de R$ 600,00 para R$ 1,1 mil.

Os médicos reivindicam aumento no salário e não na gratificação. Segundo o Simepe, o salário inicial de um médico é de R$ 1,4 mil. Um profissional que trabalha há dez anos na rede pública ganha R$ 1,5 mil. O Governo estadual prefere computar gratificações e rebate que o salário inicial de um médico da emergência é de R$ 2,5 mil.