Estudo britânico questiona eficácia de antidepressivos
São Paulo - Pesquisadores britânicos lançaram ontem uma conclusão polêmica: antidepressivos de última geração não ajudam muito no tratamento da depressão. Segundo as evidências, publicadas na revista PloS Medicine, eles funcionariam como placebo para pacientes com depressão leve e moderada. E, ainda de acordo com o estudo, eles fariam efeito em pacientes que sofrem de depressão severa. Isto porque o efeito placebo seria menos expressivo.
Médico psicoterapeuta do Centro Multidisciplinar de Dor do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Augusto Figueiró explica que, em depressões mais severas, o antidepressivo pode ter efeito superior a outras medidas mais leves, como atividade física e psicoterapia. "Mas, mesmo em depressões mais leves ele ainda funciona", diz, discordando de alguns pontos da pesquisa.
O estudo, feito pelo médico Irving Kirsch, do Departamento de Psicologia da Universidade de Hull, é o primeiro a examinar evidências de 47 testes clínicos. No entanto, eles apenas estudaram os medicamentos classificados como Inibidores Seletivos da Recaptura de Serotonina (ISRS), que atuam aumentando o nível da serotonina - o hormônio que controla o humor - no cérebro.
Entre os remédios examinados estavam o Prozac, Seroxat e Efexor, receitados em vários países. "Isso significa que pessoas com depressão podem melhorar mesmo sem os tratamentos químicos", disse Kirsch. A pesquisa foi contestada pelas indústrias que fabricam os medicamentos. A Eli Lilly (Prozac), disse que "pesquisas médicas demonstraram que o medicamento é um antidepressivo muito eficaz". E um porta-voz da GlaxoSmithKline (Seroxat), argumentou que o estudo britânico se concentrou em "uma pequena amostra do total de dados disponíveis". As informações são do Jornal da Tarde
Médico psicoterapeuta do Centro Multidisciplinar de Dor do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Augusto Figueiró explica que, em depressões mais severas, o antidepressivo pode ter efeito superior a outras medidas mais leves, como atividade física e psicoterapia. "Mas, mesmo em depressões mais leves ele ainda funciona", diz, discordando de alguns pontos da pesquisa.
O estudo, feito pelo médico Irving Kirsch, do Departamento de Psicologia da Universidade de Hull, é o primeiro a examinar evidências de 47 testes clínicos. No entanto, eles apenas estudaram os medicamentos classificados como Inibidores Seletivos da Recaptura de Serotonina (ISRS), que atuam aumentando o nível da serotonina - o hormônio que controla o humor - no cérebro.
Entre os remédios examinados estavam o Prozac, Seroxat e Efexor, receitados em vários países. "Isso significa que pessoas com depressão podem melhorar mesmo sem os tratamentos químicos", disse Kirsch. A pesquisa foi contestada pelas indústrias que fabricam os medicamentos. A Eli Lilly (Prozac), disse que "pesquisas médicas demonstraram que o medicamento é um antidepressivo muito eficaz". E um porta-voz da GlaxoSmithKline (Seroxat), argumentou que o estudo britânico se concentrou em "uma pequena amostra do total de dados disponíveis". As informações são do Jornal da Tarde
AE