Batalhão da PM em Santos é alvo de ladrões; furtaram pistolas e munição
O 6º Batalhão da Polícia Militar de Santos (SP), uma das principais unidades da corporação na Baixada Santista, foi alvo de um furto de armas e munição anteontem (5). A Polícia Civil e a PM instauraram inquéritos para apurar as circunstâncias do crime.
A reportagem apurou que armários de PMs foram arrombados. Sumiram duas pistolas Glock .40 da Polícia Militar; 210 projéteis de pistolas do mesmo calibre; dois carregadores de pistola particular 9 mm; 24 projéteis particulares também de pistola 9 mm e um colete à prova de bala particular.
O UOL apurou que o furto aconteceu nos alojamentos dos policiais militares, localizado perto da sala de armas do batalhão. Fontes policiais ouvidas pela reportagem afirmam que o local dispõe de câmeras de segurança que fazem monitoramento, mas sem realizar gravações das imagens.
A Polícia Militar confirmou ter ocorrido um furto e afirmou que foi instaurado um IPM (inquérito policial militar) e que os armários arrombados foram periciados.
Segundo furto na região
Esse é o segundo furto de armas em unidades da Polícia Militar de Santos em praticamente dois anos e meio. O anterior aconteceu em 29 de outubro de 2021 no posto da 3ª Companhia do 1º Batalhão de Policiamento Rodoviário (BPRv), como informou esta coluna em 5 de novembro de 2021.
Na ocasião foram levados dois fuzis de calibre 5,56, da marca Imbel; dois de calibre 7,62, da Scar, e dois também de calibre 7,62, modelo FAL. Os criminosos furtaram ainda caixas de munição contendo um total de 200 projéteis.
Os fuzis e a munição estavam guardados na sala de reserva das armas do posto policial. Uma escada de alumínio de 12 degraus, dobrável, foi encontrada na parte externa da base militar, do lado direito, na área de matagal, perto do setor de preleção
À época, a Delegacia Sede de Vicente de Carvalho, no Guarujá, Baixada Santista foi comunicada sobre o furto e acionou a Polícia Científica para realizar perícia no local. Peritos do Instituto de Criminalística colheram impressões digitais na escada de alumínio.
Policiamento reforçado
Desde o dia 14 de abril deste ano, quando o soldado da Polícia Militar Luca Romano Angerami desapareceu após sair de uma adega no Guarujá, o policiamento ostensivo foi reforçado com mais 250 PMs em toda a Baixada Santista.
O soldado continua desaparecido. Até agora forças policiais já encontraram nove corpos na Vila Baiana, no Guarujá — local onde a vítima teria sido assassinada e enterrada — durante os trabalhos em busca do policial militar sequestrado por traficantes de drogas.
Luca Angerami é de uma família de policiais tradicionais. O avô dele, Alberto Angerami, foi delegado-geral adjunto de São Paulo. O pai, Renzo Angerami, é investigador da Polícia Civil.
Ao menos oito pessoas foram presas por suspeitas de envolvimento no sumiço de Angerami. A Polícia Militar agora tenta também encontrar os responsáveis pelo furto de armas e munição do 6º Batalhão de Santos.
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