Teoria diz que tipo sanguíneo traduz perfil físico e comportamental
Se até agora você acreditava que o tipo sanguíneo só servia para orientar em casos de transfusão de sangue e outros procedimentos médicos, talvez se surpreenda com esta teoria, que sugere que a característica também influencia a saúde, o corpo e a mente. Pelo menos é o que defende Heloisa Bernardes, terapeuta ortomolecular, formada em bioquímica na Expansion Biologique, na França. “O sangue contém milhares de anos de memória genética, transmitida por nossos ancestrais em códigos que ainda estamos tentando decifrar.”
Com ela concorda Sérgio Ricardo, especialista em Gestão Comportamental com Neurociência e Neurometria, diretor do Centro Nacional de Coaching. “Após dez anos de estudos, e tendo avaliado mais de 10 mil pessoas, percebo que cada tipo genético tem características próprias. Dessa forma, determinam o comportamento em todos os sentidos.”
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A base de análise dos dois profissionais é o trabalho de James e Peter D’Adamo, médicos americanos que desenvolveram a chamada dieta do grupo sanguíneo. “Juntos, eles acumulam mais de 50 anos de pesquisas sobre os tipos, classificando predisposição a doenças, influência de alimentos, bebidas e ervas sobre o organismo e exercícios indicados”, explica Sérgio. Dessa forma, ele diz, é possível direcionar o comportamento no sentido de somar competências para um propósito ou projeto, seja nos relacionamentos, no trabalho ou em qualquer ambiente em que vivemos. “O grau de adaptação da pessoa para lidar com situações de estresse, desafios e ameaças – tudo isso varia de acordo com o tipo sanguíneo.”
Segundo Heloisa Bernardes, é possível elaborar um plano de ação para cada indivíduo que englobe desde o que se deve comer até que atividades fazer para obter mais energia, queimar calorias de forma eficiente, controlar o sistema nervoso e ter bom desempenho nas vidas pessoal e profissional. “Estamos vivendo uma realidade em que o estresse é o causador das 12 doenças que mais matam no mundo. Quando alguém aplica a gestão comportamental com base no tipo sanguíneo, aprende uma nova maneira de lidar com agentes que abalam o sistema nervoso. E, mais que isso, incorpora hábitos saudáveis que resultam em qualidade de vida”, completa Sérgio Ricardo.
Sem comprovação
É bom deixar claro, entretanto, que a teoria não tem comprovação científica. “Ainda que algum dia a luz da ciência possa aclarar tais deduções, não existem, até o momento, estudos sob os rigores que a sociedade científica exige que sugiram como verdadeira essa tese relacionando tipo sanguíneo a comportamentos e dietas”, reflete o endocrinologista Antonio Carlos do Nascimento, de São Paulo.
“A correlação entre os tipos sanguíneos e uma maior probabilidade de desenvolver determinadas doenças não está baseada em pesquisas clínicas. A avaliação médica, assim como a realização de exames clínicos e laboratoriais, são essenciais para um diagnóstico correto”, completa Maria Cristina Purini, especialista em hematologia e hemoterapia pela Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e médica hematologista do Hospital Santa Cruz, em São Paulo.
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