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Novo remédio para emagrecer chega as farmácias dos EUA na próxima semana

O lorcaserin controla o apetite ativando o receptor da serotonina, neurotransmissor ligado à saciedade - Reuters/Arena Pharmaceuticals Inc
O lorcaserin controla o apetite ativando o receptor da serotonina, neurotransmissor ligado à saciedade Imagem: Reuters/Arena Pharmaceuticals Inc

Do UOL

Em São Paulo

11/06/2013 18h07

O novo medicamento para emagrecer Belviq (cloridrato de lorcaserin) será comercializado nos EUA a partir da próxima semana, informou o fabricante nesta terça-feira (11). A chegada do produto às farmácias ocorre quase um ano após a aprovação da droga pela FDA (Food and Drug Administration), agência que regula alimentos e remédios no país. Na ocasião, o anúncio gerou expectativas, já que havia mais de dez anos que nenhuma droga para obesidade era aprovada.

O remédio, que melhora o fluxo de serotonina no cérebro (hormônio que estimula a saciedade), é indicado para adultos obesos ou pacientes com sobrepeso que tenham pelo menos uma doença associada, como diabetes ou colesterol alto. Ele é fabricado pela Arena Pharmaceuticals.

O atraso no início da comercialização ocorreu por problemas logísticos. A classificação do produto também demorou para sair - a FDA definiu que se trata de uma droga controlada com pouco potencial de abuso. Nos estudos conduzidos pela farmacêutica, apenas uma parcela pequena de pacientes teve problemas como euforia e alucinações.

Por causa da demora, o Belviq começa a ser vendido dez meses depois de seu maior concorrente, o Qsymia (pentarmina e topiramato), aprovado pouco depois. O Qsymia (inicialmente chamado de Qnexa) inclusive apresentou melhores resultados nos estudos.

Pacientes que tomaram Qsymia por um ano perderam 6,7% de seu peso corporal em um estudo e 8,9% em outro. Já os que tomaram Belviq perderam apenas 3,7% do peso no mesmo período. Mas cerca de 47% dos pacientes não diabéticos perderam pelo menos 5% do peso com o locarserin, dado que foi considerado suficiente para a aprovação pelo FDA.

Segundo a agência reguladora, os pacientes devem parar de tomar Belviq após três meses de uso caso não consigam perder 5% de seu peso corporal. Os efeitos colaterais incluem depressão, enxaqueca e problemas de memória.

O fabricante do Belviq deve enfrentar uma árdua batalha no mercado, uma vez que as vendas do Qsymia desapontaram os analistas. Em parte, isso se deve ao fato de que o composto de pentarmina e topiramato, produzido pela Vivus, é caro e ainda só é vendido por encomenda. 

(Com AP)