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Número de casos de toxoplasmose chega a 510 em Santa Maria (RS)

Getty Images
Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo*

09/06/2018 11h49

O número de casos confirmados de toxoplasmose subiu para 510 em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde. Outros 212 casos estão sob investigação.

Esse é o maior surto da doença no Rio Grande do Sul, e as autoridades de saúde pública ainda não sabem qual é a fonte de contaminação dos casos que começaram a aparecer em abril deste ano. Em 2015, o município de São Marcos, na serra gaúcha, registrou 154 pessoas contaminadas pela doença após consumirem carne malpassada.

Conhecida como doença do gato, a toxoplasmose é causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, que infecta mamíferos e pássaros no mundo todo. A doença causa febre, cansaço, mal-estar e gânglios inflamados. Mas, de acordo com a médica infectologista da Secretaria da Saúde de Santa Maria, Paula Flores Martinez, de cada quatro pacientes, em média, apenas um apresenta os sintomas.

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A causa do atual surto ainda é desconhecida. O primeiro lote de amostras de água enviadas para análise no laboratório da Universidade Estadual de Londrina apresentou resultado negativo para a presença do protozoário. Mas, segundo a Prefeitura de Santa Maria, novas amostras de água tanto de de açudes como de poços artesianos foram coletadas. O novo resultado deve ser divulgado no dia 18 de junho.

A infecção em humanos acontece por três vias: contato direto com solo, areia e latas de lixo contaminados com fezes de gatos infectados; ingestão de carne crua ou mal cozida infectada (sobretudo carne de porco e de carneiro); e infecção transplacentária durante a gravidez.

A toxoplasmose não pode ser transmitida de humano para humano, com exceção das infecções intrauterinas. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 40% dos fetos de mães que adquiriram a doença durante a gestação são infectados.

A orientação para se prevenir da doença é evitar o uso de produtos animais crus ou mal cozidos; eliminar as fezes de gatos infectados em lixo seguro; proteger as caixas de areia; lavar as mãos após manipular carne crua ou terra contaminada; e evitar o contato de grávidas com gatos. (*Com informações da Agência Brasil)