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Ministério da Saúde criará secretaria de combate à pandemia, diz Queiroga

Queiroga afirmou estar comprometido em avançar na vacinação - WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Queiroga afirmou estar comprometido em avançar na vacinação Imagem: WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Colaboração para o UOL, em Praia Grande (SP)

29/03/2021 09h33

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou hoje que a pasta terá uma secretaria extraordinária de enfrentamento à pandemia de covid-19. O objetivo, segundo ele, é concentrar os esforços do ministério em uma frente única com participação dos principais especialistas da área e "colegas de sociedades científicas".

"É necessário que deixemos as divergências de lado e façamos uma ação em cima dos pontos de convergência, que são maiores, no sentido de salvar vidas" disse Queiroga em entrevista à CNN.

Vacinas e insumos

A respeito do estado atual da pandemia no Brasil, o ministro evitou comentar a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e voltou a dizer que é preciso "olhar para frente". De sua parte, Queiroga se comprometeu a avançar nas políticas de vacinação, reforçando a meta de vacinar um milhão de brasileiros por dia.

Já sobre os insumos hospitalares, como oxigênio e o chamado "kit intubação", o ministro afirmou que a obrigação de administrá-los é dos municípios. Dado o estado de emergência de saúde, porém, ele destacou a importância de o Ministério da Saúde assumir também o compromisso de distribuir os insumos seguindo uma logística organizada.

"Estamos trabalhando com a indústria nacional, que tem um papel fundamental no suprimento desses insumos, e também buscando fornecimento no exterior, de tal forma que não falte na ponta", afirmou.

Quando perguntado se vai aconselhar que Bolsonaro tome a vacina, Queiroga defendeu que "esta é uma questão privativa do presidente", e disse que cabe a ele decidir quando chegar sua vez. "Eu acredito que ele vai sim se vacinar, mas ainda não tratei desse assunto com ele."

Lockdown

Sobre medidas restritivas de circulação de pessoas, como lockdown, Queiroga afirmou que este é um tipo de atitude que deve ser pensado de acordo com as peculiaridades do Brasil. "As residências, sobretudo das pessoas das classes média e baixa, são menores, com muitas pessoas vivendo juntas", disse.

"É uma ação que, eventualmente, devido ao insucesso das outras medidas, pode ser tomada. O que não se pode é pensar que um lockdown nacional, sem que se faça o dever de casa antes, seja a solução de um problema com esse."