Cinzas do vulcão Calbuco causam estragos em uma das regiões mais ricas do Chile
Puerto Varas, Chile, 27 Abr 2015 (AFP) - As cinzas do vulcão Calbuco, que desacelerou sua atividade depois de violentas erupções de cinco dias, contaminaram extensas pradarias e cursos d'água, danificando uma das regiões mais ricas do Chile.
A atividade sísmica em torno do maciço, que precede a uma possível nova erupção, baixou nas últimas horas, de acordo com o Serviço Nacional de Geologia e Minas (Sernageomín).
"Confirmado: diminuíram as atividades sísmicas do vulcão Calbuco. Agora, é preciso esperar para saber se essa é a tendência", disse o Sernageomín, nesta segunda-feira em sua conta do Twitter.
Uma densa neblina cobria nesta manhã a cratera do maciço, enquanto prosseguiam os trabalhos de remoção das cinzas nas ruas e nas casas afetadas. Trabalha-se a pleno vapor com o prognóstico de chuva para as próximas horas, que podem remover as cinzas e provocar algumas inundações, disseram as autoridades.
A área se mantém em alerta com um raio de exclusão de 20 km ao redor do maciço, de onde cerca de 5.000 pessoas foram retiradas. Em algumas escolas -que não foram usadas como abrigo- as aulas foram retomadas.
O estado de emergência no sul do Chile se somou à catástrofe que castigou, no fim de março, o árido norte do país, onde um incomum temporal deixou 31 mortos e 32 desaparecidos, segundo dados oficiais.
"A todos os que sofrem, que perderam entes queridos ou viram destruído o fruto de seu trabalho de toda uma vida, envio daqui um abraço afetuoso", foi a mensagem enviada nesta segunda-feira pela presidente Michelle Bachelet aos afetados.
A presidente, que visitou as regiões afetadas do norte e do sul do país, assegurou: "não vamos poupar esforços para ir em seu socorro e gerar os apoios necessários para restabelecer a normalidade o mais rapidamente possível".
Toneladas de cinzas afetam a economia
O vulcão Calbuco teve duas erupções repentinas na quarta e na quinta-feira da semana passada, depois de permanecer adormecido por mais de cinco décadas, expulsando uma coluna de cinzas que chegou a se estender por mais de 15 quilômetros.
De acordo com o Sernageomin, em três dias o vulcão expulsou cerca de 210 milhões de metros cúbicos de cinzas, cobrindo extensas zonas agrícolas e de pecuária em uma das regiões mais produtivas do Chile.
Em Los Lagos, são criados mais de um milhão de cabeças de gado, equivalente a cerca de 30% do total do país e a 50% da produção nacional de leite.
"As áreas mais afetadas serão a agricultura e pecuária", advertiu à AFP, Emir Jadue, diretor da Câmara de Comércio de Puerto Varas.
"A atividade econômica na região de Los Lagos teve receitas anuais de 2 bilhões de dólares. Estimamos que a erupção do Calbuco provocará perdas de até 30%", completou.
Também há danos previstos na aquicultura, já que a região concentra a maior parte do salmão do país, que é o segundo produtor deste pescado em nível mundial. Muitos dos rios dos quais se abastecem alguns hidro-cultivos foram contaminados pelas cinzas.
Em 2012, com 820.735 toneladas, o salmão representou 3,7% do total das exportações nacionais depois do cobre, gerando 60.000 empregos diretos e indiretos, segundo a organização Salmón Chile.
A região é também uma das mais turísticas do país, com paisagens verdes, extensos rios e lagos rodeados por imponentes vulcões, entre eles o Calbuco.
A região é visitada por cerca de 200.000 turistas por ano.
"No caso do turismo, o vulcão afetará a presença de turistas em espaços ao ar livre (...), mas pode se beneficiar com o aumento do número de turistas que queiram observar um vulcão em atividade".
No momento, 10% das reservas hoteleiras da região programadas para o o próximo feriado e fim de semana foram cancelados.
Msa-pa/ja/cc/mvv
A atividade sísmica em torno do maciço, que precede a uma possível nova erupção, baixou nas últimas horas, de acordo com o Serviço Nacional de Geologia e Minas (Sernageomín).
"Confirmado: diminuíram as atividades sísmicas do vulcão Calbuco. Agora, é preciso esperar para saber se essa é a tendência", disse o Sernageomín, nesta segunda-feira em sua conta do Twitter.
Uma densa neblina cobria nesta manhã a cratera do maciço, enquanto prosseguiam os trabalhos de remoção das cinzas nas ruas e nas casas afetadas. Trabalha-se a pleno vapor com o prognóstico de chuva para as próximas horas, que podem remover as cinzas e provocar algumas inundações, disseram as autoridades.
A área se mantém em alerta com um raio de exclusão de 20 km ao redor do maciço, de onde cerca de 5.000 pessoas foram retiradas. Em algumas escolas -que não foram usadas como abrigo- as aulas foram retomadas.
O estado de emergência no sul do Chile se somou à catástrofe que castigou, no fim de março, o árido norte do país, onde um incomum temporal deixou 31 mortos e 32 desaparecidos, segundo dados oficiais.
"A todos os que sofrem, que perderam entes queridos ou viram destruído o fruto de seu trabalho de toda uma vida, envio daqui um abraço afetuoso", foi a mensagem enviada nesta segunda-feira pela presidente Michelle Bachelet aos afetados.
A presidente, que visitou as regiões afetadas do norte e do sul do país, assegurou: "não vamos poupar esforços para ir em seu socorro e gerar os apoios necessários para restabelecer a normalidade o mais rapidamente possível".
Toneladas de cinzas afetam a economia
O vulcão Calbuco teve duas erupções repentinas na quarta e na quinta-feira da semana passada, depois de permanecer adormecido por mais de cinco décadas, expulsando uma coluna de cinzas que chegou a se estender por mais de 15 quilômetros.
De acordo com o Sernageomin, em três dias o vulcão expulsou cerca de 210 milhões de metros cúbicos de cinzas, cobrindo extensas zonas agrícolas e de pecuária em uma das regiões mais produtivas do Chile.
Em Los Lagos, são criados mais de um milhão de cabeças de gado, equivalente a cerca de 30% do total do país e a 50% da produção nacional de leite.
"As áreas mais afetadas serão a agricultura e pecuária", advertiu à AFP, Emir Jadue, diretor da Câmara de Comércio de Puerto Varas.
"A atividade econômica na região de Los Lagos teve receitas anuais de 2 bilhões de dólares. Estimamos que a erupção do Calbuco provocará perdas de até 30%", completou.
Também há danos previstos na aquicultura, já que a região concentra a maior parte do salmão do país, que é o segundo produtor deste pescado em nível mundial. Muitos dos rios dos quais se abastecem alguns hidro-cultivos foram contaminados pelas cinzas.
Em 2012, com 820.735 toneladas, o salmão representou 3,7% do total das exportações nacionais depois do cobre, gerando 60.000 empregos diretos e indiretos, segundo a organização Salmón Chile.
A região é também uma das mais turísticas do país, com paisagens verdes, extensos rios e lagos rodeados por imponentes vulcões, entre eles o Calbuco.
A região é visitada por cerca de 200.000 turistas por ano.
"No caso do turismo, o vulcão afetará a presença de turistas em espaços ao ar livre (...), mas pode se beneficiar com o aumento do número de turistas que queiram observar um vulcão em atividade".
No momento, 10% das reservas hoteleiras da região programadas para o o próximo feriado e fim de semana foram cancelados.
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