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Ação de forças federais será decidida em reunião no Rio

Em São Paulo

24/03/2014 09h33

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), o secretário José Mariano Beltrame, da Segurança, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Caros de Nardi, participam nesta segunda-feira (24) de reunião para discutir como será a ação de tropas federais para combater os ataques de criminosos a UPPs, a partir das 10h, no Centro Integrado de Comando e Controle, na capital fluminense.

O governador do Rio chegou à reunião com a presidente Dilma Rousseff, na sexta-feira (21), no Palácio do Planalto, com um pedido, no mínimo, inusitado, que deixou as Forças Armadas numa verdadeira "saia-justa": que as tropas federais entrem, imediatamente, no patrulhamento das áreas mais sensíveis da capital fluminense e só saiam de lá apenas no fim de 2014, depois não só da realização da Copa do Mundo, como também do primeiro e segundo turno das eleições.

A proposta surpreendeu e desagradou a autoridades das Forças Armadas pelo extenso e "indevido" período. Dilma, de acordo com informações obtidas pela reportagem, foi cautelosa e prometeu que tudo ia ser estudado, para ver o que será possível atender.

Cabral quer as Forças Armadas assumam o Complexo de Favelas da Maré, localizada na zona norte da capital fluminense, onde a população passa dos 140 mil habitantes e onde o Bope (Batalhão de Operações Especiais) já está presente, desde a semana passada, quando houve ataques de bandidos às UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras). O Exército, principalmente, substituiria os homens do Bope. A região foi escolhida pela posição estratégica, uma vez que a favela fica na área das vias de entrada e saída da capital, cortando, a avenida Brasil, além das Linhas Amarela e Vermelha, pontos cruciais de escoamento durante a Copa do Mundo.