Dólar fecha estável ante o real com eleições e balança
Pela manhã, as pesquisas eleitorais mais recentes, do Ibope e do Datafolha, continuaram a influenciar os negócios na renda fixa e também no câmbio. Tudo porque a candidata Marina Silva (PSB) passou a ser apontada como a favorita na disputa, vencendo Dilma Rousseff (PT) em simulações de segundo turno. Neste cenário, o dólar repetiu o comportamento visto na semana passada, de baixa ante o real, tendo marcado a mínima da sessão na abertura e por volta das 10 horas (de R$ 2,2340, em baixa de 0,36%).
Às 10 horas, aliás, o Banco Central já havia finalizado seu leilão diário de swaps (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), o que contribuía para o viés negativo para o dólar. Na operação, o BC vendeu 10 mil contratos, injetando US$ 197,8 milhões no sistema.
As oscilações do dólar, no entanto, eram contidas, em meio ao giro fraco em função do feriado nos EUA. Perto das 16h30, a moeda à vista havia movimentado um total de apenas US$ 657,3 milhões, sendo US$ 580,7 milhões em D+2. No mercado futuro, a moeda para outubro movimentava US$ 8 bilhões.
À tarde, o cenário mudou um pouco. Os dados da balança comercial de agosto vieram positivos, mas foram relativizados, em função da exportação de uma plataforma de petróleo. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), houve superávit comercial de US$ 1,168 bilhão em agosto, acima do esperado pelo mercado (déficit de US$ 100 milhões a superávit de US$ 1 bilhão).
Chamou a atenção ainda nos dados da balança o superávit de US$ 1,034 bilhão na semana passada, a quinta semana de agosto. Além disso, houve exportação de uma plataforma de petróleo de US$ 1,1 bilhão, o que inflou o resultado do mês passado. Caso não ocorresse esta saída de plataforma do País - contabilizada como exportação -, o resultado de agosto seria perto da estabilidade. No ano, o País acumula um superávit de apenas US$ 249 milhões.
Em meio às ponderações sobre o resultado da balança de agosto, o dólar virou e chegou a marcar a máxima de R$ 2,2440 (+0,09%) às 15h19. Na reta final, a moeda americana perdeu força novamente e encerrou cotada nos R$ 2,2420, mesmo patamar de sexta-feira, a despeito de o vencimento para outubro sustentar ganhos.
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