São Paulo registra 35,8°C no 1º dia do horário de verão
No Parque Villa-Lobos, na zona oeste da capital paulista, os espaços gramados estavam praticamente todos ocupados por volta das 14 horas.
Famílias, casais, grupos de amigos e ciclistas. Mesmo os que haviam ido ao parque para se exercitar passaram boa parte do tempo na sombra. "A gente veio para andar de bicicleta, mas demos uma volta e não aguentamos. O calor estava insuportável e decidimos ficar na rede mesmo", conta o analista de logística Moacir Giovanello, de 34 anos, que foi ao Villa-Lobos com a mulher e o filho, de 8 anos. "O jeito é demarcar o território com as redes e ficar só no sorvete e na água gelada. Pelo menos, dá para aproveitar bastante o dia porque vai escurecer mais tarde por causa do horário de verão", diz Giovanello, que mora com a família em Osasco.
Neste domingo, os termômetros chegaram a 35,8ºC, segundo medição do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Foi o sétimo dia mais quente do ano, de acordo com as estatísticas do órgão. Na última sexta-feira, a capital registrou a maior temperatura dos últimos 71 anos, quando as medições foram iniciadas. Na data, a máxima foi de 37,8ºC.
A fuga do sol e a busca por sombra dividiu a opinião dos vendedores dos parques. Para quem trabalha com água e sorvete, o movimento foi acima da média. "Só hoje já vendi 420 picolés. Acho que dá uns 30% a mais do que no último domingo", comemorava a vendedora Andreza Silva, de 19 anos.
Já aqueles cujos negócios dependem das atividades praticadas no parque estavam descontentes. Subgerente da empresa Green Bike, que oferece o serviço de aluguel de bicicletas no Villa-Lobos, Gerson Adriano, de 21 anos, afirmou que o calor espantou os interessados em pedalar. "Nos outros fins de semana, neste horário, a fila para alugar bike é enorme, dá a volta no quiosque. Hoje está fraco o movimento", disse ele, sem mencionar números. Às 15h, cerca de dez pessoas aguardavam na fila para alugar equipamentos.
Os frequentadores que não desanimaram com o sol elogiaram as pistas mais vazias. "Quando deu meio-dia e o sol ficou mais forte, todo mundo saiu da pista e ficou bom para andar de skate", diz o estudante Logan Hendrix, de 13 anos.
Sem sombra
No centro da cidade, as pistas do Minhocão, que ficam interditadas para veículos aos domingos, também estavam mais vazias ontem, mesmo com o calor. Como não há áreas de sombra, o movimento foi fraco. "Nos outros domingos tinha pelo menos o dobro de gente por aqui. O calor espantou todo mundo. E, como aqui é tudo asfalto, não tem para onde fugir", conta a vendedora ambulante Suzana Riqueto, de 39 anos.
O movimento só começou a aumentar no local a partir das 17h, quando o clima ficou mais ameno. Mesmo assim, uma das únicas áreas que reuniam grande número de pessoas na via era um local onde foram montados quiosques com distribuição gratuita de sorvete e água gelada.
Foi no final da tarde que a estudante Viviane Oliveira, de 33 anos, levou o filho Henzo, de 4, para andar de bicicleta. "Fiz um esforço para encarar o calor, mas esperei até agora porque antes o mormaço estava muito forte", conta ela.
O calor forte e a chegada do horário de verão fizeram com que paulistanos adotassem a mesma estratégia no Parque do Ibirapuera, na zona sul. Moradora do Lauzane Paulista, na zona norte, a professora Noelle Silva Santos, de 30 anos, chegou ao parque com o filho depois das 16h. "Com o horário de verão, a gente consegue aproveitar até tarde, por isso preferimos deixar o sol abaixar para vir", diz ela. Primeiro, ela buscou uma área com sombra para fazer um piquenique e, só depois, seu filho foi andar de bicicleta pelo parque.
Interior e litoral
No interior e no litoral, os termômetros também marcaram altas temperaturas neste domingo. O recorde do Estado no primeiro dia do horário de verão foi de 38,6ºC, registrados nas regiões de Bauru e Lins. No litoral paulista, a máxima registrada foi na estação de medição de Iguape, com 36,6ºC.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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