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Sabesp 'cumpre a norma' da pressão de água, diz Alckmin

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que os problemas por pouca pressão de água "são pontuais" - Felipe Rau/Estadão Conteúdo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que os problemas por pouca pressão de água "são pontuais" Imagem: Felipe Rau/Estadão Conteúdo

13/12/2014 16h25

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou neste sábado (13), durante entrevista coletiva, que a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) "cumpre a norma" que determina o limite mínimo de pressão da água na rede de distribuição. Mais cedo, reportagem revelou que a agência estadual que fiscaliza a companhia constatou que as determinações técnicas estavam sendo descumpridas.

"Ela (a Sabesp) cumpre a norma da ABNT [Associação Brasileira de Normas Técnicas] que é de uma coluna de 10 metros de água. O objetivo de ter válvula redutora de pressão é evitar desperdício porque tem as perdas invisíveis nos milhares de quilômetros de tubulação", explicou o governador de São Paulo. Ele também afirmou que os problemas por pouca pressão de água "são pontuais".

De acordo com uma investigação da Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo), um levantamento feito nos Centro de Controles Operacionais da Sabesp na cidade detectou que a pressão da água na tubulação chegou a 8 m.c.a (metros de coluna de água) --dois metros a menos do permitido.

Critérios definidos pela ABNT estabelecem que a pressão deve ser, no mínimo, de 10 m.c.a. Quanto menor o número, menor o alcance da água. A fiscalização da Arseps foi feita entre os meses de junho e setembro. A agência disse que recebeu 339 reclamações por falta de água e pressão insuficiente. Alckmin afirmou que os casos "são pontuais".

Nesta sexta-feira (12), a reportagem do jornal "O Estado de São Paulo" mostrou que o horário da redução da pressão foi antecipada pela Sabesp há quase dois meses, segundo consumidores de água de diferentes regiões da cidade.

No dia 12 de novembro, o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, usou uma outra norma da ABNT para justificar a falta de água em alguns pontos de São Paulo. Segundo uma declaração dele durante a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Sabesp, na Câmara dos Vereadores de São Paulo, Arce afirmou que a associação determina que todas as casas tenham caixa-d'água.