Topo

Policiais suspeitos de corrupção devem ser "extirpados" do Bope, diz Beltrame

No Rio

14/07/2015 12h46

O secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou que os policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) suspeitos de corrupção devem ser "identificados e extirpados" da corporação. Beltrame comentou as investigações da Corregedoria da Polícia Militar, que já levaram ao afastamento de seis policiais, durante visita a projetos sociais na sede da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Providência, no centro, nesta terça-feira (14).

"Eu entendo que a tropa de elite continua sendo a tropa de elite e nós não podemos misturar. O que nós devemos fazer é o que viemos fazendo, é o que a Corregedoria da PM vem fazendo, que é identificar e extirpar essas pessoas", afirmou o secretário, ressaltando que "não interessa se a pessoa é subcomandante ou soldado, o que interessa é verificar a conduta e identificar a autoria".

A PM investiga se os majores Marcelo de Castro Corbage (que já foi porta-voz das UPPs e atualmente era subcomandante do Bope) e João Rodrigo Teixeira Sampaio, o capitão Renato Roberto Soares Junior, o cabo Álvaro Luiz Ferreira e os soldados Flávio da Silva Alves e Fábio Vidal Pedro participaram de esquema para levar R$ 1,8 milhão de traficantes do morro da Covanca, na zona oeste, durante operação no dia 21 de junho. Todos eles foram expulsos do Bope e vão passar a exercer funções administrativas.

Já o governador Luiz Fernando Pezão declarou que não se pode julgar uma tropa por "seis pessoas que cometem deslizes". "Não tem área que a gente vai deixar de investigar e tirar os maus policiais", disse.

Crime no metrô

O secretário Beltrame lembrou ainda do assassinato do auxiliar de serviços gerais Alexandre Oliveira, de 46 anos, morto a tiros por um assaltante na estação Uruguaiana do metrô. "A polícia é sempre a ponta da flecha e não há agenda para o combate à violência urbana. Esse rapaz já tinha sido preso, foi solto, voltou e estava aí. A polícia já tinha dado a resposta dela. A agenda carioca de violência urbana não é única e exclusiva da polícia", declarou.