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Cinco motoristas disputam cada alvará de táxi preto em São Paulo

Em novembro, houve protesto de taxistas em frente à Câmara Municipal de São Paulo pela proibição do aplicativo Uber - Pedro Kirilos/Agência O Globo
Em novembro, houve protesto de taxistas em frente à Câmara Municipal de São Paulo pela proibição do aplicativo Uber Imagem: Pedro Kirilos/Agência O Globo

De São Paulo

01/12/2015 16h33

 Mais de cinco taxistas disputam cada uma das cinco mil vagas para os táxis pretos, nova forma de transporte na cidade de São Paulo que deve entrar em operação em janeiro de 2016, criado para disputar espaço com aplicativo Uber. De acordo com a SPTrans (São Paulo Transporte), até a última segunda-feira (30), último dia da inscrição, 27.691 pessoas se inscreveram no edital. O sorteio dos novos alvarás será realizado no próximo dia 10 de dezembro. A intenção da Prefeitura de São Paulo é integrar dois tipos de táxis já existentes na capital, com uma bandeira mais cara: especial e de luxo.

Pensando nisso, os aplicativos que exploram o serviço na cidade já estão se adaptando para integrar os futuros novos carros. O 99Taxis, por exemplo, criou o 99 TOP justamente visando os novos alvarás que, por decreto municipal, tem a prerrogativa de oferecer um serviço de considerado "diferenciado". A EasyTaxi, outra gigante dos aplicativos, ainda não definiu se irá criar um novo software ou se irá permitir o usuário a fazer a escolher o táxi preto na hora do pedido. Mas a empresa garante que irá se adequar aos novos alvarás.

Os veículos serão na cor preta, com ar-condicionado, bancos de couro e, no máximo, cinco anos de uso. O valor da corrida não será cobrado no taxímetro: haverá preço máximo por trechos determinados pela Prefeitura.

As mudanças da Prefeitura surgiram quando taxistas de frota (que tem permissão para dirigir mas não são donos dos alvarás) começaram uma guerra contra a Uber. Motoristas e passageiros do serviço considerado ilegal chegaram a ser agredidos. Os usuários do serviço de táxi começaram a trocá-lo pelo Uber principalmente pela qualidade do serviço e a cobrança ser feita pelo percurso e não no taxímetro.

Houve pressão na Câmara dos Vereadores e o legislativo paulistano tornou o dispositivo ilegal na cidade de São Paulo. Por outro lado, agora, a administração municipal quer credenciar todos os aplicativos que exploram o táxi regular na capital. Com isso, o poder público vai conseguir suspender a habilitação específica (Condutax) e aplicar multas pela qualidade do serviço.

Na última quarta-feira, 25, os vereadores aprovaram em segunda votação a exigências dos aplicativos como 99Taxis e o EasyTaxi terem que se credenciar junto à Prefeitura para continuar explorando o serviço.