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Temer se reúne com líderes e ministros às vésperas de votação da denúncia na CCJ

Michel Temer deixa o Palácio do Jaburu, em Brasília, para participar de reunião com ministros e líderes da base aliada  - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Michel Temer deixa o Palácio do Jaburu, em Brasília, para participar de reunião com ministros e líderes da base aliada Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Renan Truffi

Brasília

09/07/2017 18h46Atualizada em 09/07/2017 20h27

Às vésperas da votação da denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o presidente Michel Temer convocou uma reunião com líderes da base aliada e ministros de Estado neste domingo, no Palácio da Alvorada.

O encontro estava marcado para começar por volta das 17h, mas a comitiva presidencial chegou, aproximadamente, às 17h30 no palácio. O objetivo da reunião é discutir as votações do pedido de investigação da Procuradoria-Geral da República contra Temer, na Câmara dos Deputados, e da reforma trabalhista, no Senado.

Além dos comandantes de bancada, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores) também vão participar da reunião.

Outras presenças confirmadas no encontro são dos líderes do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), e no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

Pela manhã, no Palácio do Jaburu, Temer se reuniu por pouco mais de uma hora com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir a votação da denúncia apresentada contra o presidente.

O governo tem pressa para votar a denúncia, mas teme que os debates na Comissão de Constituição e Justiça se alonguem e não seja possível concluir o processo na próxima semana.

Por isso, não vai se esforçar para votar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) nesta semana, o que, em tese, abre a possibilidade de os deputados serem convocados durante o recesso parlamentar para votar a denúncia contra o presidente Michel Temer.

Sem aprovar a LDO, deputados e senadores não poderiam entrar em férias. Nos últimos anos, no entanto, se instituiu o chamado "recesso branco", quando Câmara e Senado continuam abertos, mas normalmente não há sessões deliberativas e a presença do parlamentar no Congresso não é cobrada.

Segundo um líder do governo, caso a votação da denúncia não aconteça até o início oficial do recesso, em 17 de julho, a não aprovação da LDO permitiria a convocação de uma sessão extraordinária, durante o recesso branco, para deliberar sobre o caso.

Cada vez mais afastado do Palácio do Planalto, cabe a Maia marcar a data da votação da denúncia no plenário. Ele tem sido pressionado por deputados da oposição e até da base a deixar a conclusão do processo para agosto, após o recesso.

Para que haja o recesso formal, a LDO precisa ser aprovada, em uma sessão conjunta da Câmara e do Senado, na próxima semana.