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Crítico a decreto de armas de Bolsonaro, Haddad diz que legalizar milícias é "o próximo passo"

19.out.2018 - Fernando Haddad (PT), candidato à Presidência, participa de ato de campanha no Rui de Janeiro - AP Photo/Leo Correa
19.out.2018 - Fernando Haddad (PT), candidato à Presidência, participa de ato de campanha no Rui de Janeiro Imagem: AP Photo/Leo Correa

Gregory Prudenciano

São Paulo

15/01/2019 17h09

Candidato derrotado à Presidência da República, o petista Fernando Haddad usou o Twitter para criticar o presidente Jair Bolsonaro (PSL) em relação à flexibilização da posse de armas defendida pelo presidente e aprovada em decreto assinado nesta terça-feira (15).

"A legalização das milícias é o próximo passo. Há um PL de Bolsonaro sobre o tema", criticou Haddad. Hoje, Bolsonaro assinou decreto que altera regras para facilitar a posse de armas de fogo.

O petista não fez referência a nenhum projeto específico de Bolsonaro e emendou a crítica ao presidente, dizendo que a segurança pública é um direito assegurado pelo Estado moderno. Haddad escreveu que "a liberação de armas nos remete à pré-modernidade", o que levaria "à privatização desse serviço público".

Em 2008, em entrevista à BBC, Bolsonaro, que era deputado federal pelo Rio de Janeiro, sinalizou legitimar a ação de milicianos.

"As milícias oferecem segurança e, desta forma, conseguem manter a ordem e a disciplina nas comunidades. O governo deveria apoiá-las, já que não consegue combater os traficantes de drogas. E, talvez, no futuro, deveria legalizá-las", afirmou.

Em 2018, Bolsonaro disse a O Globo que as milícias "acabaram se desvirtuando" quando começam a cobrar "gatonet" e gás.

Confira a íntegra do discurso de Bolsonaro ao assinar o decreto sobre armas

UOL Notícias