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Mina da Vale em Barão de Cocais (MG) registra movimentação

Logo da sede da Vale em Brumadinho, onde barragem rompeu em janeiro - Adriano Machado/Reuters
Logo da sede da Vale em Brumadinho, onde barragem rompeu em janeiro Imagem: Adriano Machado/Reuters

Leonardo Augusto, especial para a AE

Em Belo Horizonte

15/05/2019 09h47

O talude da cava da mina de Gongo Soco, da barragem Sul Superior, da Vale, em Barão de Cocais, região central de Minas, apresentou movimentação, conforme informações da Defesa Civil do Estado. A barragem foi colocada em nível máximo de alerta, que significa risco iminente de ruptura, em 22 de março deste ano.

Talude é a estrutura semelhante a uma escadaria, em grandes proporções, que se forma ao redor da cava, que é de onde se retira o minério de ferro. A barragem Sul Superior, local de depósito do rejeito da produção da mina, fica 1,5 quilômetro à frente da cava.

"O que pode acontecer é que, caso o talude caia dentro da cava, haja um abalo sísmico que possa afetar a barragem", afirma o coordenador adjunto da Defesa Civil, Flávio Godinho.

As autoridades foram informadas ontem da movimentação da estrutura, conforme o representante da Defesa Civil. "Nada rompeu. Existe a possibilidade de acontecer, sim, carreamento de parte deste talude para dentro da cava, onde cairia e se integraria ao ambiente", disse.

Moradores da chamada área de autossalvamento, ou seja, pessoas que mantinham residência próximo da barragem, deixaram suas casas em 8 de fevereiro. Quem vive na chamada área secundária, em que está incluída Barão de Cocais, recebeu treinamento.

A Vale informou, em nota oficial, que avalia eventuais impactos na barragem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.