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Sob aplausos, Poroshenko diz que Putin foi 'cínico'

18/09/2014 12h23

WASHINGTON, 18 SET (ANSA) - Sob muitos aplausos, que o interrompiam a cada frase, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, discursou nesta quinta-feira (18) para o Congresso dos Estados Unidos. Ele agradeceu o apoio dos norte-americanos para tentar resolver a situação separatista no país e criticou a postura do presidente russo, Vladimir Putin.   

"A anexação da Ucrânia foi um dos atos mais cínicos de traição da história moderna", destacou o presidente sendo muito aplaudido pelos congressistas. Ele afirmou que é uma "outra mentira" a ameaça de Putin de "invadir Kiev em dois dias", como também é mentira que "ele pode invadir" outras capitais como "Riga [Letônia], Vilnius [Lituânia], Tallin [Estônia], Varsóvia [Polônia] ou Bucareste [Romênia]".   

Segundo Poroshenko, "o mundo enfrenta sua pior crise desde 1962" e que "como Israel, a Ucrânia tem o direito de defender o seu território" dos ataques causados pelos separatistas.   

Ele aproveitou o momento para agradecer o apoio dos Estados Unidos. "Eu os agradeço pelo apoio que nos deram. A defesa da liberdade causou o sacrifício de muitas vidas", falou Poroshenko afirmando que seu país "decidiu ser livre" e que a liberdade é o "núcleo" da existência da Ucrânia.   

O mandatário ressaltou que "esta guerra que os jovens estão combatendo hoje não é somente uma guerra ucraniana. É uma guerra da Europa e também dos EUA" para ter um mundo mais livre.   

O presidente fez um apelo ao Congresso "que não deixe a Ucrânia sozinha perante a essa agressão" da parte da Rússia e que deem apoio militar ao país, "pois não podemos ganhar essa guerra com cobertores". Poroshenko reforçou o pedido para a comunidade internacional de não afrouxar as sanções políticas e econômicas aos russos até que a situação se normalize.   

A Ucrânia vive um cessar-fogo desde o dia 5 de setembro, após quase seis meses de confronto que resultaram na separação da Crimeia - e sua posterior anexação à Rússia - e uma batalha sangrenta nas regiões de Lugansk e Donetsk. Apesar de incidentes isolados, ambos os lados estão respeitando a trégua e realizaram uma grande troca de prisioneiros. (ANSA)
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