Obama confirma reabertura de embaixada em Havana
SÃO PAULO, 01 JUL (ANSA) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou nesta quarta-feira (01) a reabertura da embaixada do país em Cuba e disse que a data marca um "novo capítulo" no relacionamento com os "vizinhos do sul".
"Mais de 54 anos atrás, os Estados Unidos fecharam a embaixada em Havana. Hoje, eu posso anunciar a sua reabertura e o começo de um novo capítulo com nossos vizinhos", disse o mandatário no início de seu discurso. O presidente ressaltou que, quando a representação foi fechada em 1961, "ninguém esperava que isso fosse durar mais de meio século". Para ele, o isolamento da ilha dos irmãos Castro não funcionou e causou sofrimento ao povo local. Ele ressaltou que "quando algo não funciona, nós precisamos e iremos mudar" e que essa retomada de diálogo "não é apenas simbólica".
Dirigindo-se ao parlamentares de seu país, Obama pediu que eles pensem no povo cubano e removam o embargo econômico - projeto que está em tramitação no Congresso. Segundo o democrata, mesmo tendo "diferenças" com o governo local, é preciso ajudar os cidadãos a terem um "futuro melhor".
O norte-americano ainda confirmou que uma das exigências do país para reabrir a embaixada foi atendida: seus diplomatas poderão ter livre comunicação com as autoridades, com o povo local e com os opositores do regime. Raúl Castro estava contra esta medida por receio de um novo golpe contra o governo local.
Relembrando a história, Obama destacou que "está claro que Cuba não vai mudar em uma noite", mas que seu país estará a postos para ajudar a disseminar valores e a melhorar a vida daqueles que lutam por mudanças na ilha. "Somos vizinhos, agora poderemos ser amigos", destacou o mandatário ao ressaltar que os norte-americanos anseiam por conhecer a ilha cubana e ao dizer que as universidades de ambos os países fecharão parcerias e intercâmbios.
Ele ainda confirmou uma visita oficial do secretário de Estado, John Kerry, para o hasteamento da bandeira na representação diplomática - algo que deve ocorrer no final de julho.
Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba confirmou que a reabertura das respectivas embaixadas ocorrerá a partir do dia 20 de julho.
- América do Sul: Em seu discurso, Barack Obama agradeceu o apoio de várias nações à retomada das relações e lembrou o maciço apoio que recebeu dos países latino-americanos.
O presidente citou o discurso feito ontem (30) por Dilma Rousseff em Washington, em que ela elogiou a postura do líder norte-americano, e agradeceu a todos os países da região por aprovarem a reaproximação.
- Embargo econômico: O governo cubano declarou hoje que, uma vez restabelecidos os vínculos diplomáticos com os Estados Unidos, "será imprescindível o levantamento do bloqueio, entre outros aspectos, para a normalização das relações".
Para a remoção do pesado embargo, será preciso que o Congresso norte-americano derrube a lei que o regulamenta. Em seu pronunciamento, Barack Obama pediu que os parlamentares "não sejam prisioneiros" do passado. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Mais de 54 anos atrás, os Estados Unidos fecharam a embaixada em Havana. Hoje, eu posso anunciar a sua reabertura e o começo de um novo capítulo com nossos vizinhos", disse o mandatário no início de seu discurso. O presidente ressaltou que, quando a representação foi fechada em 1961, "ninguém esperava que isso fosse durar mais de meio século". Para ele, o isolamento da ilha dos irmãos Castro não funcionou e causou sofrimento ao povo local. Ele ressaltou que "quando algo não funciona, nós precisamos e iremos mudar" e que essa retomada de diálogo "não é apenas simbólica".
Dirigindo-se ao parlamentares de seu país, Obama pediu que eles pensem no povo cubano e removam o embargo econômico - projeto que está em tramitação no Congresso. Segundo o democrata, mesmo tendo "diferenças" com o governo local, é preciso ajudar os cidadãos a terem um "futuro melhor".
O norte-americano ainda confirmou que uma das exigências do país para reabrir a embaixada foi atendida: seus diplomatas poderão ter livre comunicação com as autoridades, com o povo local e com os opositores do regime. Raúl Castro estava contra esta medida por receio de um novo golpe contra o governo local.
Relembrando a história, Obama destacou que "está claro que Cuba não vai mudar em uma noite", mas que seu país estará a postos para ajudar a disseminar valores e a melhorar a vida daqueles que lutam por mudanças na ilha. "Somos vizinhos, agora poderemos ser amigos", destacou o mandatário ao ressaltar que os norte-americanos anseiam por conhecer a ilha cubana e ao dizer que as universidades de ambos os países fecharão parcerias e intercâmbios.
Ele ainda confirmou uma visita oficial do secretário de Estado, John Kerry, para o hasteamento da bandeira na representação diplomática - algo que deve ocorrer no final de julho.
Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba confirmou que a reabertura das respectivas embaixadas ocorrerá a partir do dia 20 de julho.
- América do Sul: Em seu discurso, Barack Obama agradeceu o apoio de várias nações à retomada das relações e lembrou o maciço apoio que recebeu dos países latino-americanos.
O presidente citou o discurso feito ontem (30) por Dilma Rousseff em Washington, em que ela elogiou a postura do líder norte-americano, e agradeceu a todos os países da região por aprovarem a reaproximação.
- Embargo econômico: O governo cubano declarou hoje que, uma vez restabelecidos os vínculos diplomáticos com os Estados Unidos, "será imprescindível o levantamento do bloqueio, entre outros aspectos, para a normalização das relações".
Para a remoção do pesado embargo, será preciso que o Congresso norte-americano derrube a lei que o regulamenta. Em seu pronunciamento, Barack Obama pediu que os parlamentares "não sejam prisioneiros" do passado. (ANSA)
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