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Perfil/Sergio Massa, de kirchnerista a dissidente

23/10/2015 20h44

BUENOS AIRES, 23 OUT (ANSA) - Sergio Massa, o terceiro candidato com possibilidades de alcançar a Presidência da Argentina, representa setores peronistas que se afastaram do governo em 2013 e tenta sintetizar "a mudança justa" do ciclo kirchnerista que chega ao seu fim e a cobrança da sociedade por transparência institucional.   

Massa começou a militar ainda na adolescência, na União do Centro Democrático (UCeDé), partido liberal-conservador que alcançou sua plenitude na década de 1990, quando seus principais dirigentes apoiaram o modelo privatizador do presidente Carlos Menem (1989-1999).   

O candidato da frente Unidos por Uma Nova Argentina (UNA) entrou para as fileiras do peronismo aos 22 anos, como militante no município de San Martín, situado a 20 km de Buenos Aires, com o apoio da atual deputada Graciela Camaño, também chefe de sua campanha.   

Durante o governo provisório de Eduardo Duhalde (2002-2003), ele assumiu a direção da Administração Nacional de Segurança Social (Anses), órgão estratégico que controla os aportes de seguridade e ajuda social. Em 2004, foi eleito deputado nacional, mas seguiu à frente da Anses, até que, em 2007, foi eleito prefeito de Tigre, onde consolidou a imagem de um administrador eficaz e fazedor de obras públicas.   

O passo seguinte foi a chefia do Gabinete do primeiro governo de Cristina Kirchner, em 2008, cargo ao qual renunciou um ano depois por conta de desavenças com a mandatária e seu marido, o falecido Néstor. Massa foi construindo seu projeto político dissidente, mas sem romper com a estrutura do partido peronista.   

Até 2013, quando se candidatou a deputado nacional e derrotou a situação na estratégica província de Buenos Aires.   

Com sua vitória, ele se tornou o postulante à Casa Rosada mais temido pelo governo. No entanto, nas primárias de agosto passado, Massa ficou apenas em terceiro, a quase 20 pontos do candidato da situação, Daniel Scioli, e foi pressionado a abandonar sua campanha e apoiar o oposicionista Mauricio Macri, segundo colocado nas pesquisas.   

Ele não apenas manteve sua candidatura, mas também vem tentando roubar votos de Macri, pois sua única chance de chegar à Presidência é disputar um segundo turno com Scioli. Aos 43 anos, Massa é o candidato mais jovem entre os três favoritos. Formado em direito, ele é casado desde 2001 com Malena Galmarini, com quem tem dois filhos, Milagros (13) e Tomas (10). (ANSA)
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