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A festa ilegal em um Airbnb que acabou em tiroteio nos Estados Unidos

Li Jianguo - 2.nov.2019/Xinhua
Imagem: Li Jianguo - 2.nov.2019/Xinhua

03/11/2019 14h54

Uma mulher alugou uma casa através da plataforma Airbnb e disse ao proprietário que planejava fazer uma reunião para até 12 pessoas.

Tudo indicava que a quinta-feira do Halloween (31 de outubro) seria um dia tranquilo na cidade de Orinda, no norte do estado da Califórnia, nos Estados Unidos.

No entanto, em vez de uma reunião para poucas pessoas, a casa de quatro quartos foi anunciada no Instagram como o local onde seria realizada uma festa a fantasia que atraiu mais de 100 pessoas.

O proprietário, Michael Wang, não autorizou a festa.

A festa foi um escândalo no bairro e a polícia de Orinda recebeu ligações de vizinhos reclamando do barulho às 21h19, às 22h25 e novamente às 22h48.

Em dois minutos, um tiroteio deixou cinco mortos e vários feridos entre as pessoas que participavam da festa.

Segundo informações do jornal local San Francisco Chronicle, os mortos tinham entre 19 e 29 anos. Três deles morreram na casa e os outros dois morreram já no hospital.

Alguns dos feridos foram para o hospital por conta própria, fugindo do local com suas fantasias de Halloween.

Até sábado, a polícia não havia detido ou identificado nenhum suspeito, apesar de confirmar que duas armas de fogo foram encontradas na casa.

A resposta do Airbnb

Após a tragédia, a empresa afirmou em comunicado que proibirá o aluguel de casas para festas.

O CEO Brian Chesky disse, em mensagem publicada no Twitter, que a empresa tomaria medidas para "combater festas não autorizadas e eliminar comportamentos abusivos" daqueles que alugam acomodações por meio de seu site.

"Precisamos fazer melhor, e faremos. Isso é inaceitável", acrescentou Chesky.

Chesky disse que o Airbnb criará uma equipe dedicada a dar uma resposta rápida a essas situações e que expandirá a avaliação do que eles consideram "reservas de alto risco".

A empresa, que deve se tornar pública em 2020, também adotará medidas contra usuários que violarem suas políticas, disse ele.

Em resposta ao tiroteio em massa, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, pediu ao Congresso que aprovasse uma legislação de controle de armas.

"O que aconteceu na noite de quinta-feira em Orinda, Califórnia, foi horrível. Sinto muito pelas famílias e vizinhos afetados por essa tragédia, estamos trabalhando para apoiá-los."

Embora nos últimos anos tenha ocorrido vários tiroteios em massa nos Estados Unidos, pouco se avançou nas reformas de controle de armas, especialmente no nível federal.