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Avião britânico quase foi atingido por míssil no Egito

07/11/2015 16h19

Em agosto, aeronave da companhia Thomson Airways passou a 300 metros de projétil antes da aterrisagem no balneário de Sharm el-Sheikh, no Egito. Reino Unido nega suspeita de ataque.

Um avião da companhia aérea britânica Thomson Airways, com 189 passageiros a bordo, passou em agosto passado a cerca de 300 metros de um míssil antes de se preparar para aterrisagem na estância balneária de Sharm el-Sheikh, no Egito, informou neste sábado (07/11) a mídia britânica.

Segundo os jornais Daily Mail e The Guardian, o piloto avistou o projétil se aproximando da aeronave, mas conseguiu desviar e fazer o pouso com sucesso. "O piloto ordenou que o avião fizesse uma manobra para a esquerda para evitar o míssil, disse uma fonte ao Daily Mail.

Um porta-voz do governo britânico disse que provavelmente se tratou de um "exercício de rotina do Exército egípcio". "Nós investigamos o incidente na época e chegamos à conclusão de que não foi um ataque direcionado", afirmou.

A Thomson Airways também confirmou o incidente, que ocorreu no dia 23 de agosto, e acrescentou que o Ministério dos Transportes britânico considerou os voos para Sharm el-Sheikh seguros após uma investigação.

Na quarta-feira, o governo britânico anunciou a suspensão de todos os voos entre o Reino Unido e Sharm el-Sheikh, por suspeitar de que uma bomba tenha causado a queda de um avião russo na Península do Sinai no último sábado (31/10). Cerca de 20 mil turistas britânicos retidos no balneário foram repatriados.

O presidente russo, Vladimir Putin, exitou por quase uma semana antes de ordenar nesta sexta-feira (06/11) a suspensão de todos os voos da Rússia para o Egito até que a causa do desastre aéreo seja esclarecida.

O Airbus A321 da empresa Kogalymavia partiu de Sharm el-Sheikh com destino a São Petersburgo, na Rússia. O voo foi interrompido cerca de 20 minutos após a decolagem. Todas as 224 pessoas a bordo morreram.

KG/lusa/ap/rtr/dpa