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Morre Charles Colson, assessor de Nixon preso por participação no Watergate

Foto de 1973 mostra Charles Colson, ex-assessor especial do presidente americano Richard Nixon - 29.jun.1973 - AP
Foto de 1973 mostra Charles Colson, ex-assessor especial do presidente americano Richard Nixon Imagem: 29.jun.1973 - AP

21/04/2012 21h44

Washington, 21 abr (EFE).- Charles Colson, ex-assessor especial do presidente americano Richard Nixon e que foi preso por sua participação no escândalo Watergate, morreu aos 80 anos por complicações de uma operação cerebral à qual se submeteu no mês passado, informou neste sábado a imprensa dos Estados Unidos.

Sua morte foi anunciada por Jim Liske, diretor da organização de assistência espiritual aos presos Prison Fellowship Ministries, que Colson ajudou a fundar após sua prisão, quando se tornou evangélico.

Colson fazia parte do comitê de reeleição de Nixon, que desenvolveu as tentativas de espionar o Partido Democrata em 1972.

Previamente havia tentado desacreditar o analista do Departamento de Defesa, Daniel Ellsberg, responsável pelo vazamento dos chamados "Papéis do Pentágono", documentos que revelaram a autêntica situação da Guerra do Vietnã e o que pensava o Departamento sobre esse conflito.

Nessa tentativa, Colson utilizou um grupo encoberto, encarregado de investigar os vazamentos da Casa Branca, para que invadisse o escritório do psiquiatra de Ellsberg na busca de material contra o analista.

O então alto funcionário se declarou culpado da tentativa de obstrução da justiça em suas manobras contra Ellsberg, embora outras acusações relacionadas diretamente com o escândalo Watergate ou com a participação direta na invasão do escritório do psiquiatra tenham sido desprezadas.

Colson acabou cumprindo sete meses de prisão. O homem que chegou a dizer que estaria disposto a pisotear sua avó para conseguir a reeleição de Nixon dedicaria o resto de sua vida à assistência espiritual aos presos e escreveu mais de 20 livros.