Colombiano preso no Brasil é investigado por mais de 100 mortes na Colômbia
O traficante colombiano "Marquitos Figueroa", detido em um Boa Vista, em Roraima, tem mais de cem investigações de homicídios cometidos nos departamentos da La Guajira e Cessar, entre eles os de três políticos, informou o Ministério da Defesa.
Marcos de Jesús Figueroa está ligado as mortes de Henry Ustariz Guerra (2008) e Yandra Brito, ex-prefeita de Barrancas (La Guajira), ocorrido em 2012.
Nesse mesmo ano também foram assassinados o ex-deputado Efraín Ovalle Oñate e Danny Deluque, acrescentou o Ministério da Defesa.
O ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, assinalou que junto com Figueroa foi detido seu primo, conhecido como "Norte", que seria "o homem de confiança e chefe dos capangas da organização criminal".
"Contra 'Marquitos Figueroa' há processos ativos por homicídio agravado, fabricação, tráfico e porte ilegal de armas de fogo e formação de quadrilha", acrescentou o comunicado.
Depois da desmobilização dos paramilitares na zona norte do Cessar, em meados da década passada, um grupo de criminosos organizou quadrilhas ligadas ao narcotráfico e ao contrabando de combustível.
Entre essas quadrilhas está a de Figueroa, integrada em sua maioria por parentes, que trataram estenderam o raio de ação do grupo nos departamentos do Cessar e La Guajira.
O diretor da polícia, general Rodolfo Palomino, disse a jornalistas que o traficante passou um tempo na Venezuela e que, quando soube que tinha ordens de prisão, viajou para o Brasil.
Segundo Palomino, Figueroa é "de longe o criminoso da mais alta periculosidade da história recente de La Guajira e Cessar".
Segundo o general, Figueroa fazia circular rumores de que estava protegido pela polícia no norte da Colômbia para despistar os órgãos de inteligência.
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