Itália confirma que pedirá extradição se Battisti for expulso do Brasil
Roma, 4 mar (EFE).- O ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, afirmou nesta quarta-feira que "ativou todos os canais diplomáticos" possíveis para acompanhar de perto a evolução do caso do ex-ativista de extrema esquerda, Cesare Battisti, e afirmou que, se for deportado do Brasil, seu governo pedirá a extradição.
"O Ministério (de Justiça) ativou todos os canais diplomáticos. Estamos esperando para ver as consequências de uma sentença que, por enquanto, não é definitiva", afirmou Orlando em entrevista concedida ao programa italiano "Porta a Porta".
O titular de Justiça destacou que o governo de Matteo Renzi está à espera de ver como se desenvolve este caso para assim "poder pedir sua extradição", uma solicitação que a Itália espera "há muito tempo".
"Avaliaremos a sentença definitiva das autoridades brasileiras. Se for confirmada que não é uma extradição, mas uma deportação, pode haver países dispostos a recebê-lo", comentou.
Neste caso, ressaltou Orlando, a Itália dirigirá a solicitação de extradição "não ao Brasil, mas ao país que acolha" Battisti, condenado em seu país por quatro assassinatos cometidos entre 1977 e 1979.
Um tribunal brasileiro ordenou ontem a deportação de Battisti, ex-membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), braço das Brigadas Vermelhas, o grupo armado mais ativa durante a onda de violência política que sacudiu a Itália há quatro décadas.
A juíza federal Adverci Rates Mendes de Abreu, do Tribunal Federal de Brasília, considerou nula a decisão que concedeu um visto permanente a Battisti, alegando que foi condenado por crimes dolosos, o que contraria a legislação de imigração brasileira.
A magistrada reivindicou sua "deportação" à França ou ao México, países onde viveu após ter fugido da Itália, mas não solicitou a extradição a seu país de origem para não opor-se à decisão que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou em 2010, quando ordenou que não fosse extraditado.
Battisti foi detido em 2007 no Rio de Janeiro e julgado pelo Supremo Tribunal Federal, que em 2009 decidiu sua extradição à Itália, mas deixou a decisão final nas mãos de Lula.
A negativa à extradição, que causou tensões diplomáticas com a Itália e foi anunciada no último dia do mandato de Lula, foi respaldada em 2011 pelo STF.
Em 1993 foi julgado à revelia por um tribunal italiano que o declarou culpado dos assassinatos de dois policiais, um joalheiro e um açougueiro, cometidos entre 1977 e 1979, e o condenou à prisão perpétua.
Battisti sempre se declarou inocente e assegurou que o processo foi arranjado por razões políticas, motivo pelo qual decidiu fugir de seu país.
Quando foi processado, Battisti estava na França, onde tinha obtido o status de refugiado político, mas fugiu em 2004, quando o governo francês se dispunha a revogar essa condição para entregá-lo à Itália.
"O Ministério (de Justiça) ativou todos os canais diplomáticos. Estamos esperando para ver as consequências de uma sentença que, por enquanto, não é definitiva", afirmou Orlando em entrevista concedida ao programa italiano "Porta a Porta".
O titular de Justiça destacou que o governo de Matteo Renzi está à espera de ver como se desenvolve este caso para assim "poder pedir sua extradição", uma solicitação que a Itália espera "há muito tempo".
"Avaliaremos a sentença definitiva das autoridades brasileiras. Se for confirmada que não é uma extradição, mas uma deportação, pode haver países dispostos a recebê-lo", comentou.
Neste caso, ressaltou Orlando, a Itália dirigirá a solicitação de extradição "não ao Brasil, mas ao país que acolha" Battisti, condenado em seu país por quatro assassinatos cometidos entre 1977 e 1979.
Um tribunal brasileiro ordenou ontem a deportação de Battisti, ex-membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), braço das Brigadas Vermelhas, o grupo armado mais ativa durante a onda de violência política que sacudiu a Itália há quatro décadas.
A juíza federal Adverci Rates Mendes de Abreu, do Tribunal Federal de Brasília, considerou nula a decisão que concedeu um visto permanente a Battisti, alegando que foi condenado por crimes dolosos, o que contraria a legislação de imigração brasileira.
A magistrada reivindicou sua "deportação" à França ou ao México, países onde viveu após ter fugido da Itália, mas não solicitou a extradição a seu país de origem para não opor-se à decisão que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou em 2010, quando ordenou que não fosse extraditado.
Battisti foi detido em 2007 no Rio de Janeiro e julgado pelo Supremo Tribunal Federal, que em 2009 decidiu sua extradição à Itália, mas deixou a decisão final nas mãos de Lula.
A negativa à extradição, que causou tensões diplomáticas com a Itália e foi anunciada no último dia do mandato de Lula, foi respaldada em 2011 pelo STF.
Em 1993 foi julgado à revelia por um tribunal italiano que o declarou culpado dos assassinatos de dois policiais, um joalheiro e um açougueiro, cometidos entre 1977 e 1979, e o condenou à prisão perpétua.
Battisti sempre se declarou inocente e assegurou que o processo foi arranjado por razões políticas, motivo pelo qual decidiu fugir de seu país.
Quando foi processado, Battisti estava na França, onde tinha obtido o status de refugiado político, mas fugiu em 2004, quando o governo francês se dispunha a revogar essa condição para entregá-lo à Itália.
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