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Governo chileno confirma 4 mortos e 22 desaparecidos por chuvas no país

26/03/2015 10h43

Santiago do Chile, 26 mar (EFE).- O governo do Chile informou nesta quinta-feira que subiu para quatro o número de mortos pelas chuvas e inundações que ocorreram há dois dias nas regiões de Antofagasta e Atacama, no norte do país, e que outras 22 pessoas ainda estão desaparecidas.

O subsecretário do Interior, Mahmoud Aleuy, realizou um balanço da situação de emergência, que qualificou como "o pior desastre pluviométrico nos últimos 80 anos".

Aleuy informou sobre o falecimento de um homem identificado como Mauricio Figueroa, como consequência do colapso do tanque de uma usina de dessalinização em Antofagasta e de um homem sem identificação que morreu afogado.

Estas vítimas se somam às duas que o governo confirmou na quarta-feira pela noite, que correspondem a uma jovem de 24 anos que morreu em sua casa por conta de uma descarga elétrica e uma mulher não identificada de 45 anos que foi encontrada nas imediações do rio Salado, em Chañaral, que transbordou devido às intensas precipitações.

O subsecretário do Interior acrescentou que cerca de 800 pessoas passaram a noite em albergues na região de Atacama, enquanto na região de Antofagasta o número de abrigados é de 684 pessoas.

Quanto às 22 pessoas que permanecem desaparecidas, oito são de Diego de Almagro, oito de Chañaral e seis de Tierra Amarilla, as três localidades mais afetadas pelas inundações.

Aleuy explicou que já chegaram helicópteros das Forças Armadas e de organismos de emergência para socorrer as pessoas que se encontram isoladas nas zonas de Alto do Carmen, Tierra Amarilla e Diego de Almagro, as mais afetadas pela catástrofe.

As chuvas diminuirão nesta quinta-feira na zona litorânea das regiões de Antofagasta e Atacama e espera-se que cessem pela tarde, ressaltou Aleuy.

Nos setores próximos à cordilheira dos Andes seguirão as precipitações, embora com menos intensidade do que nos dois últimos dias, acrescentou.

O governo decretou nesta quarta-feira estado de exceção por catástrofe nas localidades de Antofagasta, Tierra Amarilla, Alto do Carmen e Copiapó.

Um dos principais fatores que provocou as inundações foi o transbordamento de alguns rios que levavam mais de uma década secos em pleno Deserto do Atacama, que é o mais árido do planeta.

A presidente Michelle Bachelet se encontra em um regimento militar de Copiapó, a 804 quilômetros ao norte de Santiago, junto a alguns ministros de seu gabinete para coordenar a operação de emergência.