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Jihadistas invadem museu de Palmira, na Síria

23/05/2015 13h04

Beirute, 23 mai (EFE).- O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) invadiu o museu da cidade monumental de Palmira, na Síria, embora seu conteúdo mais valioso tenha sido retirado pelas autoridades antes de os jihadistas tomarem o controle da cidade na quarta-feira, informou neste sábado à Agência Efe o diretor-geral de Antiguidades e Museus do país, Maamoun Abdelkarim.

Por telefone, ele afirmou que os únicos danos provocados pelos radicais foram a algumas réplicas de estátuas feitas de gesso. Abdelkarim também disse que os extremistas colocaram seus próprios guardas na entrada do local.

O dirigente acrescentou que "o EI colocou sua bandeira no alto da cidadela" de Fajr Edin al Maani, do século XIII d.C.

Quanto às ruínas de Palmira, que estão a sudoeste de sua parte moderna, "não detectamos movimento em seu interior", apontou Abdelkarim, que, no entanto, manifestou sua inquietação pelo futuro deste sítio arqueológico, sobre o qual há "uma grande ameaça".

Abdelkarim lamentou que "a comunidade internacional não tenha feito nada para impedir a entrada do EI em Palmira", apesar dos apelos das autoridades do país árabe.

As ruínas desta cidade são um dos seis lugares sírios incluídos na lista de Patrimônio da Humanidade da Unesco, e que também estão em sua lista de Lugares em Perigo.

Localizada em um oásis, Palmira foi, nos séculos I e II d.C., um dos maiores centros culturais do mundo antigo e ponto de encontro das caravanas na Rota da Seda que atravessavam o deserto do centro da Síria.

Antes do início da disputa no país, em março de 2011, suas ruínas eram uma das principais atrações turísticas do país árabe e da região.