Cerimônia na Bósnia lembra 20 anos de genocídio em Srebrenica
Sarajevo, 11 jul (EFE).- Mais de 50 mil pessoas, incluindo personalidades de 90 países e organizações internacionais, lembram neste sábado o 20º aniversário do massacre de mais de 8 mil muçulmanos em Srebrenica, cometido por forças servo-bósnias, em uma cerimônia da qual participa o chefe de governo da Sérvia, Aleksandar Vucic.
O prefeito da pequena cidade bósnia de Srebrenica, Camil Durakovic, inaugurou o ato no Centro Memorial de Potocari quando se completam 20 anos daquele que é considerado o maior crime cometido na Europa depois da Segunda Guerra Mundial.
O chefe do governo da Sérvia condenou o genocídio, que classificou como um "monstruoso crime".
"Não há palavras com as quais se pode manifestar o lamento e a tristeza pelas vítimas, nem a raiva e amargura para os que cometeram esse monstruoso crime", disse Vucic em comunicado.
Por sua vez, Durakovic ressaltou que o "genocídio" de Srebrenica "é o maior crime na Europa depois do Holocausto" e enfatizou as marcas da tragédia em Srebrenica, onde muitas mães ainda buscam os restos mortais de seus filhos para poder enterrá-los.
"Hoje são enterrados (no cemitério de Potocari) 136 vítimas que as tropas servo-bósnias assassinaram em 1995. Após 20 anos, voltam a ter nome", declarou o prefeito, lembrando que em nove dos caixões há restos mortais de jovens menores de 18 anos.
Os 136 corpos dessas vítimas achados em valas comuns e identificados por meio de testes de DNA se somarão aos das 6.241 vítimas já enterradas no cemitério do centro memorial.
Nesta cerimônia de homenagem aos assassinados em Srebrenica, três países da região (Croácia, Eslovênia e Montenegro) estão representados por seus presidentes, enquanto a Sérvia, Albânia e Turquia enviaram seus respectivos primeiros-ministros.
Os Estados Unidos estão representados pelo ex-presidente Bill Clinton, que era o presidente da maior potência mundial no momento do massacre, ocorrido poucos meses antes do fim da guerra na Bósnia.
O presidente americano, Barack Obama, pediu hoje que o massacre de Srebrenica seja classificado como "genocídio", e que os responsáveis prestem contas.
Em comunicado divulgado dois dias depois que a Rússia vetou uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que descrevia o massacre como genocídio, Obama insistiu sobre a importância de reconhecer "totalmente o passado".
"E só chamando o mal por seu nome podemos encontrar a força para superá-lo", afirmou.
O antigo enclave de Srebrenica, uma região protegida na época da guerra por boinas azuis holandeses da ONU, foi ocupado em 11 de julho de 1995 pelas tropas sob o comando do general servo-bósnio Ratko Mladic. Dois dias depois, começaram as execuções maciças de muçulmanos.
Os restos mortais das vítimas do massacre foram exumados após serem encontrados em várias valas comuns no leste da Bósnia.
O Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia condenou três dirigentes militares servo-bósnios a prisão perpétua por sua responsabilidade no genocídio. Os líderes político e militar durante a guerra, Radovan Karadzic e Ratko Mladic, respectivamente, estão sendo processados.
O prefeito da pequena cidade bósnia de Srebrenica, Camil Durakovic, inaugurou o ato no Centro Memorial de Potocari quando se completam 20 anos daquele que é considerado o maior crime cometido na Europa depois da Segunda Guerra Mundial.
O chefe do governo da Sérvia condenou o genocídio, que classificou como um "monstruoso crime".
"Não há palavras com as quais se pode manifestar o lamento e a tristeza pelas vítimas, nem a raiva e amargura para os que cometeram esse monstruoso crime", disse Vucic em comunicado.
Por sua vez, Durakovic ressaltou que o "genocídio" de Srebrenica "é o maior crime na Europa depois do Holocausto" e enfatizou as marcas da tragédia em Srebrenica, onde muitas mães ainda buscam os restos mortais de seus filhos para poder enterrá-los.
"Hoje são enterrados (no cemitério de Potocari) 136 vítimas que as tropas servo-bósnias assassinaram em 1995. Após 20 anos, voltam a ter nome", declarou o prefeito, lembrando que em nove dos caixões há restos mortais de jovens menores de 18 anos.
Os 136 corpos dessas vítimas achados em valas comuns e identificados por meio de testes de DNA se somarão aos das 6.241 vítimas já enterradas no cemitério do centro memorial.
Nesta cerimônia de homenagem aos assassinados em Srebrenica, três países da região (Croácia, Eslovênia e Montenegro) estão representados por seus presidentes, enquanto a Sérvia, Albânia e Turquia enviaram seus respectivos primeiros-ministros.
Os Estados Unidos estão representados pelo ex-presidente Bill Clinton, que era o presidente da maior potência mundial no momento do massacre, ocorrido poucos meses antes do fim da guerra na Bósnia.
O presidente americano, Barack Obama, pediu hoje que o massacre de Srebrenica seja classificado como "genocídio", e que os responsáveis prestem contas.
Em comunicado divulgado dois dias depois que a Rússia vetou uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que descrevia o massacre como genocídio, Obama insistiu sobre a importância de reconhecer "totalmente o passado".
"E só chamando o mal por seu nome podemos encontrar a força para superá-lo", afirmou.
O antigo enclave de Srebrenica, uma região protegida na época da guerra por boinas azuis holandeses da ONU, foi ocupado em 11 de julho de 1995 pelas tropas sob o comando do general servo-bósnio Ratko Mladic. Dois dias depois, começaram as execuções maciças de muçulmanos.
Os restos mortais das vítimas do massacre foram exumados após serem encontrados em várias valas comuns no leste da Bósnia.
O Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia condenou três dirigentes militares servo-bósnios a prisão perpétua por sua responsabilidade no genocídio. Os líderes político e militar durante a guerra, Radovan Karadzic e Ratko Mladic, respectivamente, estão sendo processados.
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