ONU diz que 10 mil colombianos deixaram a Venezuela após crise na fronteira
Pelo menos 10.000 pessoas retornaram para a Colômbia desde que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou o fechamento do ponto mais importante da fronteira entre os dois países no dia 19 de agosto, informou nesta segunda-feira (31) a ONU.
Representantes da ONU na Colômbia visitaram os acampamentos provisórios instalados pelo governo nas cidades de Villa de Rosario e Cúcuta, a capital do departamento de Norte de Santander, na divisa com a Venezuela, segundo comunicado. Além disso, 1.100 pessoas foram deportadas pelo governo do país vizinho.
"Nos preocupa muito que 1.500 pessoas estejam cruzando a fronteira diariamente, muitas delas em difíceis condições através de atalhos e do rio", afirmou o coordenador dos trabalhos humanitários da ONU na Colômbia, Fabrizio Hochschild.
O coordenador da ONU explicou que algumas dessas pessoas foram obrigadas a deixar tudo para trás e "hoje sofrem de uma situação de necessidade e incerteza para o futuro".
A ONU também afirmou que, apesar dos esforços do governo da Colômbia, é preciso construir mais acampamentos provisórios, alertando para a presença de "vazios de proteção". Também falta água, condições de saneamento adequadas e atendimento médico.
O representante do Escritório da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), Stephan Jaquemet, insistiu na necessidade de as pessoas receberem assistência e proteção após a saída da Venezuela.
"Recebemos denúncias sobre refugiados e solicitantes de asilo que, apesar de seu status, teriam sido obrigados a retornar à Colômbia. Estamos verificando essas situações e, caso seja confirmado, constituiria uma violação do direito internacional", completou Jaquemet.
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