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Tribunal Eleitoral se declara pronto para realizar pleito na Guatemala

05/09/2015 20h47

Guatemala, 5 set (EFE).- O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Guatemala garantiu neste sábado que tudo está pronto para a realização das eleições de domingo, para as quais foram convocados mais de 7,5 milhões de guatemaltecos.

O juiz do TSE Julio Solórzano explicou em entrevista coletiva na capital que as Juntas Receptoras de Votos (JRV) estão preparadas nos 338 municípios do país.

"Está tudo certo para que amanhã se inicie a votação", afirmou o magistrado.

Enquanto isso, o juiz Jorge Mario Valenzuela afirmou que o sistema de transmissão de dados já está apto e com todas as medidas de segurança.

"Garantimos que é inviolável. Os resultados chegarão a tempo ao Centro de Apuração do Tribunal na capital", explicou.

A também magistrada do órgão María Eugenia Mijangos comentou que a transparência e legalidade do pleito está garantida pela presença das missões eleitorais locais e internacionais. Segundo ela, mais de dois mil observadores de diferentes países e organismos chegaram ao país para verificar o processo.

O presidente do TSE, Rudy Pineda, aconselhou os guatemaltecos a comparecerem cedo às urnas devido à possibilidade de chuva durante a jornada eleitoral.

No domingo, os guatemaltecos votarão para presidente, vice-presidente, 158 deputados do Congresso, 20 do parlamento Centro-Americano e 338 corporações municipais para o período 2016-2020.

A presidência é disputada por 14 candidatos e se nenhum alcançar 50% mais um voto, haverá segundo turno no dia 25 de outubro entre os dois mais votados.

De acordo com uma pesquisa divulgada na quinta-feira passada, os opositores Jimmy Morales, da Frente de Convergência Nacional (FCCN-Nación), e Manuel Baldizón, da Liberdade Democrática Renovada (Lider), lideram as intenções de voto com 25% e 22,9%, respectivamente.

Os preparativos e as campanhas eleitorais para o pleito foram marcados pelo descobrimento de vários casos de corrupção que envolvem autoridades e candidatos.

O mais grave deles, denominado "A Linha", descoberto pelo Ministério Público e pela Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (CICIG), um organismo da ONU, colocou na prisão o ex-presidente Otto Pérez Molina, que renunciou na quinta-feira passada devido às acusações contra si e a sua ex-vicepresidente, Roxana Baldetti.