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Kerry anuncia que EUA aumentarão amparo a refugiados a 100 mil até 2017

20/09/2015 15h14

Berlim, 20 set (EFE).- Os Estados Unidos estão dispostos a receber 15 mil refugiados a mais do que os previstos para 2016, chegando a 100 mil até 2017, anunciou neste domingo o secretário de Estado americano, John Kerry, em Berlim, sem informar quantos deles virão da Síria.

Conforme indicou, a ideia dos Estados Unidos é acolher no próximo ano até 85 mil refugiados de todo o mundo - em vez dos 70 mil atuais - e chegar a 100 mil no ano seguinte. O anúncio foi feito após a reunião na capital alemã com seu colega Frank-Walter Steinmeier.

O secretário de Estado parabenizou a "generosidade exemplar" mostrada pelo governo alemão no amparo aos refugiados e afirmou os EUA irão usar "as rígidas normas de segurança" estabelecidas após os atentados de 11 de setembro de 2001 na recepção dessas pessoas.

A reunião em Berlim entre ambos os titulares das Relações Exteriores se baseia na iniciativa, por parte de Kerry, para estabelecer uma cooperação militar com Moscou e combater o terrorismo jihadista de Estado Islâmico (EI) e, por parte de Steinmeier, de buscar soluções globais à onda de refugiados que chega à Europa. Kerry chegou a Berlim vindo de Londres, onde já tinha mostrado sua convicção de que as negociações diretas com Moscou para tal cooperação aconteceriam "muito em breve".

"Temos que resolver o problema dos refugiados pela raiz. Uma solução política para o conflito da Síria passa por uma transição rumo a um governo sem o presidente sírio, Bashar al-Assad. É ilusório acreditar que pode existir essa solução desejada por todos com al-Assad ", disse ele, acrescentando que os esforços deviam ser focados em combater o EI.

Sobre isso, Steinmeier ressaltou a necessidade de incluir Turquia, Arábia Saudita, Irã e Rússia na busca por uma solução política para o conflito sírio que acabe com o "drama humano" dos refugiados.

"O acordo sobre o programa atômico alcançado com o Irã deve ser o modelo a seguir", disse Steinmeier.

Já Kerry advertiu que antes de dar por "cumprido" esse capítulo deve ser verificado se o governo em Teerã está implementando as medidas com as quais se comprometeu.