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Palestino tenta apedrejar patrulha do exército israelense e acaba morto

20/10/2016 14h28

Hebron (Cisjordânia), 20 out (EFE).- Uma patrulha do Exército israelense disparou e matou nesta quinta-feira um jovem palestino que tinha lançado pedras, em um incidente ocorrido ao norte da cidade cisjordaniana de Hebron, informaram à Agência Efe fontes médicas palestinas e o exército israelense.

O incidente aconteceu perto da cidade de Beit Umar, na estrada que liga Jerusalém e Hebron, depois que o jovem lançou pedras contra as forças israelenses, segundo o Exército.

Fontes do Crescente Vermelho (equivalente à Cruz Vermelha) confirmaram à Agência Efe no local que o jovem foi morto por vários disparos.

"Soldados das Forças de Defesa de Israel foram atacados enquanto patrulhavam a zona perto da estrada 60 e da cidade de Beit Umar. Um suspeito lançou pedras contra os soldados, deixando um ferido em estado leve", explicou à Agência Efe uma porta-voz militar.

"Os soldados responderam ao ataque pedindo ao suspeito que parasse. Ao não obedecer, fizeram disparos de advertência ao ar e depois dispararam contra o suspeito o que resultou em sua morte", acrescentou a porta-voz, que acrescentou que o fato "está sendo investigado".

Ontem, uma jovem palestina de 19 anos foi também morta por fogo israelense após ter tentado esfaquear um agente policial no posto de controle militar de Tapuach, no norte da Cisjordânia.

A jovem tinha tentado agredir os soldados que estavam no local e "os agentes responderam" com disparos, segundo a versão da polícia, que divulgou uma imagem na qual era possível ver a jovem atirada no solo com uma arma branca de grandes dimensões na mão.

Desde outubro de 2015, a região vive uma onda de ataques de palestinos contra israelenses, especialmente contra forças de segurança e colonos que até o momento e segundo dados do Ministerio das Relações Exteriores de Israel provocou a morte de 38 israelenses, além de outras quatro pessoas de outras nacionalidades.

Neste período, morreram 234 palestinos, mais de dois terços deles agressores ou supostos agressores e o resto em enfrentamentos com as forças de segurança israelenses.