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Adolescente ataca seis colegas e um professor com machado em escola na Sibéria

Policiais diante do colégio onde o adolescente atacou sete pessoas com um machado - REUTERS/Anna Ogorodnik/BMK
Policiais diante do colégio onde o adolescente atacou sete pessoas com um machado Imagem: REUTERS/Anna Ogorodnik/BMK

Em Moscou

19/01/2018 05h51

Um adolescente de 15 anos atacou, nesta sexta-feira, com um machado um colégio na Rússia e deixou seis feridos, cinco menores de 13 anos e uma professora de 44, de acordo com informações das autoridades russas.

O agressor também atirou um coquetel molotov, ateando fogo em uma sala, tentando em seguida se suicidar, mas acabou sendo detido e internado em um hospital em estado grave.

"Três dos feridos (incluindo o agressor) estão em estado grave. Outras duas pessoas, em estado menos grave", explicou, para a imprensa local, o ministro da Saúde da república siberiana de Buriácia, Dambinima Sambuyev.

Os menores em estado grave - duas meninas e um menino - sofrem uma combinação de contusões e ferimento pelo machado.

Uma das meninas perdeu um dedo da mão no ataque, ocorrido às 9h (horário local, 23h de Brasília, de quinta-feira), no colégio Nº5 da cidade de Ulan-Ude, capital da Buriácia, região da Sibéria Oriental fronteira com a Mongólia.

O jovem atacante se feriu várias vezes e jogou-se pela janela, sendo detido e levado para um hospital, afirmou o chefe da segurança do Governo regional, Piotr Mordovskoi.

O incêndio foi controlado em pouco tempo e o fogo não deixou nenhum ferido, completou.

As primeiras informações publicadas pelas agências russas apontavam que eram vários os atacantes, entre dois ou três, mas finalmente o Comitê de Instrução (CI) russo, autoridade judicial que assumiu a investigação do caso, esclareceu que apenas um menor é o responsável do incidente.

Uma fonte próxima à investigação, no entanto, afirmou à "Interfax" que o adolescente tentou envolver vários amigos em seus planos, mas eles se negaram a participar.

"O menino avisou (das suas intenções). Escreveu para uma menina no Viber (aplicativo de mensagem) para avisar que ela não fosse até a escola hoje, pois 'haverá uma carnificina'", disse uma moradora da região, à uma emissora de televisão local.

O CI trabalha para esclarecer os motivos do agressor e as circunstâncias do ataque.

O ataque ocorrido hoje é o segundo desta semana contra um colégio na Rússia, o que motivou as autoridades a abrir uma investigação sobre sua possível coordenação nas redes sociais.

Oito menores de idade e uma professora ficaram feridos na última segunda-feira por arma branca em um colégio da cidade de Perm (Urais), atacado por dois homens que foram detidos pela polícia após o ataque.

Pelo menos duas das vítimas, a mulher e um adolescente de 16 anos, tiveram que ser operado com urgência após sofrerem graves ferimentos no pescoço.