Supermercados e redes de fast-food alertam sobre Brexit sem pacto
Londres, 28 jan (EFE).- Os principais supermercados do Reino Unido e redes de fast-food, como KFC e McDonald's, alertaram nesta segunda-feira que uma saída drástica da União Europeia (UE) no dia 29 de março causará escassez de alimentos e aumento dos preços.
Em carta aos deputados na Câmara dos Comuns, Sainsbury's, Waitrose, Asda, Marks & Spencer, The Co-op e Lidl antecipam "transtornos significativos" nas cadeias de fornecimento se o país deixar a União Europeia (UE) sem um acordo bilateral e passar a ser regulado pela legislação tarifária da Organização Mundial do Comércio (OMC).
No texto, coordenada pelo Consórcio de Varejo Britânico (BRC), as empresas avisam que um Brexit duro causaria atrasos na entrada de produtos pela alfândega, o que levaria a falta de determinados alimentos e ao aumento dos preços como consequência das novas tarifas.
"Estamos extremamente preocupados, porque nossos clientes serão os primeiros a experimentar a realidade de um Brexit sem acordo. Antecipamos riscos significativos sobre a capacidade de manter variedade, qualidade e durabilidade dos alimentos que nossos clientes esperam em nossos estabelecimentos, e haverá uma inevitável pressão sobre o preço da comida, por maiores custos de transporte, desvalorização da divisa (libra) e as tarifas", dizem as empresas.
As companhias alertaram que em março, quando o país deixar o bloco europeu, a situação será ainda mais grave, pois a maioria dos produtos frescos é importado.
"Nesta época do ano, 90% da alface, 80% dos nossos tomates e 50% das nossas frutas frescas são da UE", afirmam.
As empresas pedem aos deputados se unam para evitar "o golpe" que significará uma saída não negociada do bloco.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, até agora rejeitou descartar uma saída da UE sem acordo, mas cresce a pressão no Parlamento para que o rejeite expressamente, tal como pedem os diversos setores econômicos.
Os Comuns votam amanhã uma moção governamental neutra junto com as emendas apresentadas por diferentes deputados que, embora não sejam vinculativas, servirão para evidenciar onde está a maioria parlamentar e definir os próximos passos no processo do Brexit. Muitas das emendas são encaminhadas a evitar uma saída dura da UE ou a promover um novo referendo, e outras pedem mudanças no pacto proposto por May, que foi amplamente rejeitado em 15 de janeiro. EFE
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