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Veja os cinco principais ataques fatais a aviões comerciais

Jack Stubbs

Em Londres

17/07/2014 20h20

Um avião da Malásia foi abatido no leste da Ucrânia nesta quinta-feira (17), matando todas as 295 pessoas a bordo e aumentando as tensões no conflito entre Kiev e rebeldes pró-Moscou, no qual a Rússia e o Ocidente apoiam lados opostos.

Se for confirmado que a aeronave foi derrubada por um míssil, terá sido o ataque mais mortífero contra um voo comercial desde os anos 1960.

Desde 1967, mais de 700 pessoas foram mortas em 19 incidentes envolvendo ataques com disparos propositais, de acordo com a consultoria de aviação Flightglobal Ascend, sediada no Reino Unido, que mantém uma base da dados detalhadas de acidentes aéreos.

O atentado mais recente foi em janeiro de 1999, quando um avião Lockheed Hercules operado pela empresa aérea TransAfrik foi supostamente abatido perto de Bailundo, em Angola, matando todos os nove passageiros e tripulantes.

A seguir, uma lista dos cinco principais incidentes fatais:

IRAN AIR, 1988

Viajando de Bandar Abbas a Dubai, o voo 655 da Iran Air foi alvejado por um navio de guerra dos Estados Unidos ao longo da costa do Irã, matando as 290 pessoas a bordo. A Marinha dos EUA disse ter confundido o Airbus A300 com um jato F-14 da Força Aérea iraniana.

KOREAN AIR, 1983

Um Boeing 747 da Korean Air foi interceptado e abatido por combatentes soviéticos depois de entrar por engano no espaço aéreo soviético vindo de Anchorage, no Alasca, rumo a Seul, na Coreia do Sul. Todos os 289 passageiros e tripulantes morreram.

LIBYAN AIRLINES, 1973

Depois de ser interceptado e atingido pela Força Aérea israelense, o Boeing 727 da Libyan Airlines foi destruído durante uma tentativa de pouso forçado. O voo entrou por engano no espaço aéreo de Israel devido a um erro de navegação no deserto do Sinai, 150 quilômetros a nordeste do Cairo, matando 106 das 113 pessoas a bordo.

AIR GEORGIA, 1993

Aproximando-se do momento de pousar, um Tupolev Tu-154 operado pela Air Georgia foi supostamente abatido por um míssil guiado pelo calor na Abkházia, território da Geórgia em disputa.

A aeronave bateu na pista e pegou fogo, matando 108 dos 132 passageiros e tripulantes. Acreditava-se que o voo tinha sido fretado pelo ministro georgiano da Defesa para transportar soldados que ajudariam nos combates nos arredores de Sukhumi, capital da Abkházia.

SUDAN AIRWAYS, 1986

Pouco depois de decolar de Malakal, no Sudão do Sul, um Fokker F-27 da Sudan Airways foi supostamente abatido pelo "Exército de Libertação do Povo" sudanês, matando todos os 65 passageiros e tripulantes a bordo.