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Rússia liberta primeiras baleias capturadas após clamor público

Operação para resgatar orcas e belugas mantidas em cativeiro na Rússia - Reuters
Operação para resgatar orcas e belugas mantidas em cativeiro na Rússia Imagem: Reuters

Tom Balmforth

27/06/2019 17h43

A Rússia libertou duas baleias orcas e seis belugas ao mar nesta quinta-feira, o primeiro grupo de cerca de 100 animais capturados no extremo oriente no ano passado, o que causou um clamor público internacional.

Os mamíferos aquáticos, capturados no ano passado para serem vendidos para parques aquáticos ou aquários na China, foram soltos em seu hábitat natural, no Mar de Okhotsk, informou um instituto de pesquisa oceanográfica em um comunicado.

O caso das baleias capturadas, que eram mantidas em espaço apertado, capturou a imaginação de pessoas pelo mundo todo e levou celebridades como o ator Leonardo DiCaprio a fazer uma petição pela libertação

Na soltura dos animais, no entanto, a Rússia foi novamente criticada pelo Greenpeace Rússia e por ambientalistas que disseram que a operação não tinha sido feita de maneira transparente, e que teria sido apressada e colocado os animais em risco.

O Instituto Russo de Pesquisa para Pesca e Oceanografia disse que as baleias estavam sendo monitoradas de perto enquanto eram transportadas por 1,800 quilômetros para serem libertadas, e que nenhuma delas havia sofrido.

"Veterinários realizaram todos os testes necessários antes que elas fossem libertadas, e os resultados mostraram que os animais estão em boas condições", disse o instituto.

As duas orcas, que foram libertadas separadamente das baleias beluga, estavam "nervosas" sobre seu retorno para a vida selvagem e nadaram perto da costa por horas antes de voltarem para o mar aberto, segundo a nota.

O Greenpeace, entretanto, afirmou em nota que os animais marinhos foram transportados por uma semana em pequenos contêineres e que foram libertados sem serem reintroduzidos ao local primeiramente, o que "aumenta seriamente o risco de trauma ou morte para os animais".

A organização não-governamental disse que "o processo inteiro aconteceu em segredo" e que deveria ter envolvido cientistas internacionais e independentes.