Governo blinda Mantega para evitar convocações no Senado
Lideranças governistas do Senado afirmaram nesta terça-feira que a base aliada vai derrubar os requerimentos da oposição para convocar o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para dar explicações sobre a demissão do presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci.
"A oposição apresentou dois requerimentos na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e na Comissão de Meio Ambiente numa tentativa de politizar essa situação que já está definida", afirmou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). "Ele [Denucci] foi demitido. Nós vamos recomendar contrariamente a esses requerimentos. O ministro não deve vir falar sobre esse caso. Essa é a orientação da base. Não temos que politizar esse fato e criar uma crise fictícia".
O líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), protocolou na segunda-feira requerimentos para que Denucci e Mantega prestem depoimento na CAE. O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) apresentou, nesta terça-feira, um convite para que o empresário José Martins, presidente da WITT -- empresa responsável pelos relatórios de movimentações financeiras das empresas "offshore" de Denucci --, apresente os dados de contabilidade sobre os supostos pagamentos de "comissões" de fornecedores da Casa da Moeda ao ex-presidente.
"Se há um inquérito aberto e com objeto identificado, cabe agora ao Ministério Público, à Polícia Federal e, na sequência, ao Judiciário uma tomada de posição", disse o novo líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA). "O ministro vir aqui para dizer que tem um inquérito e que o Ministério Público vai seguir adiante? Ele não tem bola de cristal para adiantar o resultado desse inquérito. A vinda do ministro com essa finalidade está superada".
O senador baiano também destacou que Mantega comparecerá à Casa em março para falar sobre o panorama econômico no país, o que pode ser uma oportunidade para que o ministro, se tiver interesse, fale sobre o tema.
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo apontou que Mantega, em 2010, já teria conhecimento do suposto pagamento de propina de fornecedoras da Casa da Moeda a Denucci e, mesmo assim, o manteve no comando da instituição. O ministro da Fazenda só demitiu o presidente da instituição em janeiro deste ano.
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