MST encontra Dilma e defende plebiscito
Organizações do campo se reuniram nesta sexta-feira (5) com a presidente Dilma Rousseff e anunciaram apoio ao plebiscito da reforma política proposto pelo governo. As entidades, entre elas o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), também disseram que vão se juntar à paralisação nacional marcada pelas centrais sindicais para o dia 11 de julho.
Na ocasião, uma das bandeiras das entidades do campo será a defesa do plebiscito. "Nós não nos sentimos representados por este Congresso Nacional", disse Alexandre Conceição, integrante da direção nacional do MST, após a reunião com Dilma.
Segundo ele, no encontro, as entidades cobraram do governo mais agilidade e menos burocracia. "É preciso e é urgente que o governo se desburocratize e possa fazer mais", declarou.
As entidades entregaram uma carta à presidente defendendo soberania das terras brasileiras, desapropriação de terras compradas por empresas estrangeiras, reforma agrária, demarcação de terras indígenas, controle do desmatamento, melhorias na educação, entre outras demandas. O MST afirmou que há atualmente 90 mil famílias do movimento "embaixo da lona" para lutar pela reforma agrária.
"Saímos contentes com o diálogo", disse o líder do MST. De acordo com ele, a presidente fez uma análise da situação e uma "autocrítica" sobre a necessidade de investir mais nas cidades e no transporte público. Além do MST, participaram do encontro representantes de outras dez entidades, entre elas os movimentos de Pequenos Agricultores, Mulheres Camponesas, Atingidos por Barragens, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf).
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