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Advogado reage a ataque a trabalhador e mata suspeito em depósito em Maceió

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

23/11/2020 19h08Atualizada em 24/11/2020 07h27

Um advogado matou um suspeito e feriu outro após uma suposta tentativa de homicídio contra um trabalhador ocorrida na noite do último sábado (21), por volta das 21h, em uma distribuidora no bairro do Clima Bom, periferia de Maceió.

Imagens do circuito interno de segurança do local mostram o momento exato em que um funcionário de um depósito de distribuição é abordado pelas costas por um homem armado e recebe um tiro, que o atingiu de raspão.

Em seguida, o advogado — que é dono do estabelecimento — reage, saca uma arma e atira contra os dois suspeitos. Um deles foi atingido e morreu local. O outro, supostamente ferido, conseguiu fugir.

A polícia abriu investigação, e existem duas linhas suspeitas para o crime: de que se tratava de uma tentativa de assalto, e outra que aponta para tentativa de homicídio de um funcionário do local. As imagens, porém, mostram que o alvo seria o funcionário, que é abordado pelas costas.

O secretário-geral da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Alagoas, Leonardo Moraes, afirmou que o advogado — cujo nome não foi revelado — agiu em legítima defesa e que a defesa vai cobrar que ele não seja penalizado.

"Sem nenhuma dúvida é um caso de legítima defesa. O advogado praticou o ato naquele momento em defesa de terceira pessoa porque ele agiu para defender o seu funcionário, que quase morreu. A sorte foi que o tiro pegou de raspão e não chegou a acertar o funcionário", avaliou.

Ainda segundo Moraes, os dois homens suspeitos já estavam na calçada para cometer o crime pouco antes de abordarem o funcionário.

"A OAB foi comunicada no próprio sábado, e foi juntamente com o advogado prestar um boletim de ocorrência e noticiar o fato à autoridade policial, deixando bem claro ele aconteceu em legítima defesa. Normal que agora se inicie uma investigação para apurar, mas está escancarado que é um fato de que ele só matou porque não havia uma outra forma dele preservar a vida de seu funcionário", explica.