O fotógrafo de natureza Alessandro Abdala observou um tatu-canastra no Parque Nacional da Serra da Canastra, no sudoeste de Minas Gerais.
Projeto Tatu-Canastra/divulgação
Há quase 40 anos o profissional - que nasceu, vive e trabalha na região - buscava o encontro com o mamífero vivo, que é raramente avistado apesar do seu tamanho.
O tatu-canastra tem hábitos noturnos e vive a maior parte do tempo dentro dos engenhosos e imensos túneis que cava.
Além disso, é um ser solitário, diferente de outras espécies que precisam de um grupo. Por isso, apesar do seu tamanho, é difícil ser avistado.
O tatu-canastra é a maior de todas as espécies de tatu, podendo chegar a 1,5m de comprimento e peso de 60 kg.
A espécie é característica do Cerrado, porém, tem incidências em outros biomas do Brasil e América Latina, mas em quantidades menores.
Projeto Tatu-Canastra/divulgação
Em relato nas redes sociais, Abdala afirmou que estava no local na companhia dos fotógrafos Luiz Alberto dos Santos e Afonso Carlos dos Santos.
A proteção dos tatus-canastra ajuda a sustentar outras espécies nas regiões do Cerrado e da Amazônia.
O animal é conhecido por cavar tocas de cinco metros de profundidade, que fornecem abrigo contra predadores e o calor extremo da região para mais de vinte outros tipos de espécies.
Um estudo de 2013 referiu-se ao tatu-canastra como "um engenheiro de ecossistemas" que "pode ser de alto valor para a comunidade de vertebrados".
Segundo a Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), o tatu-canastra é considerado vulnerável.
Projeto Tatu-Canastra/divulgação
Isso significa que a espécie tem chance de entrar em extinção na natureza.
No Cerrado, uma das maiores ameaças a esse animal é a expansão agropecuária, que traz com ela o desmatamento e a construção de estradas para o transporte de sua produção.