O governo de SP anunciou o contrato com a chinesa Sinovac para a compra e produção da vacina em setembro. De lá para cá, doses chegaram, datas mudaram e ainda não há nada oficial para início da imunização.
Divulgação/Governo de São Paulo
Contrato
Em 30 de setembro, João Doria (PSDB) anunciou a compra de 46 milhões doses da CoronaVac por US$ 90 milhões, num acordo de troca de tecnologia com o Instituto Butantan.
É que falta a aprovação da Anvisa. Sem apresentar resultados do teste de eficácia, o Butantan não pode distribuir a vacina --os números sairiam dia 15 de dezembro.
De 15 de dezembro, o prazo mudou para 23 de dezembro. E aí mais um adiamento: o Butantan anunciou que a vacina "superou índice de eficácia", mas não forneceu dados.
A explicação, disse o instituto, é que a chinesa Sinovac queria analisar os dados da fase 3. O processo duraria estimados 15 dias, até 7 de janeiro.
Governo do Estado de São Paulo
Eficácia, mas...
Em 7 de janeiro, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou uma taxa de eficácia de 78% para casos leves. A eficácia global, porém, não foi divulgada.
Com esses dados, o Butantan pediu, em 8 de dezembro, o pedido de uso emergencial à Anvisa --a análise pode demorar de três a dez dias ou até um mês. Mas a agência pediu mais dados.
Após questionamentos da comunidade cientifíca e da imprensa, o Butantan, sem a presença de Doria, divulgou o índice de eficácia global em 12 de janeiro: 50,38%.