Venda de sentenças: PF mira ex-assessora de desembargador em nova operação
A Polícia Federal deflagrou uma nova operação nesta sexta-feira (20) para aprofundar a investigação sobre um esquema de venda de decisões no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra pelo menos uma ex-assessora do desembargador João Ferreira.
Os mandados foram expedidos pelo ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal), relator de investigações sobre suspeita de corrupção no Poder Judiciário.
A investigação apura suspeitas de que o desembargador recebeu pagamentos do grupo liderado pelo lobista Andreson de Oliveira Gonçalves em troca de decisões favoráveis.
Ferreira foi afastado pelo ministro Luís Felipe Salomão, na época corregedor do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), órgão que fiscaliza o Poder Judiciário. Salomão argumentou que não era possível mantê-lo em "unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado". O desembargador Sebastião de Moraes Filho também foi afastado.
Conversas encontradas no celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado a tiros em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram os desembargadores na mira do CNJ.
No final de novembro, a PF cumpriu busca e apreensão contra o desembargador, impondo uso de tornozeleira eletrônica. Após a colheita dessas provas, a PF pediu essa nova operação de hoje para aprofundar as investigações.
4 comentários
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João Luís Nery
Vao ser punidos com aposentadoria compulsoria e aposentadoria integral, E o que ganharam com seus esquemas, podem guardar. Justiça podre do Brasil. A mais cara do mundo e mais ineficiente e cheia de esquemas.
Fernando Augusto Dias
Tem dinheiro? então nesse país você pode fazer o que quiser sem problemas com a justiça.
Rogerio Ignacio
A lojinha das sentenças faz vendas sob medida, você escolhe o resultado e eles costuram para ter um bom caimento. Isso é que é alta costura jurídica, se não tiver como pagar, vai ter que se contentar com o modelito padrão da primeira instancia que será confirmado nas instâncias superiores. Se ficar apertado, não cair bem ou estiver fora de moda, não adianta reclamar.