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Jamil Chade

REPORTAGEM

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Brasil não aparece em agenda de Cúpula Global sobre vacinas

Itamaraty foi atropelado por filhos de Bolsonaro e ala radical na ONU - AFP
Itamaraty foi atropelado por filhos de Bolsonaro e ala radical na ONU Imagem: AFP

Colunista do UOL

22/09/2021 12h51

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Resumo da notícia

  • Bolsonaro havia sido sondado por Biden para participar do evento
  • Chanceler brasileiro cancelou toda sua agenda nesta quarta-feira, depois de teste positivo de Queiroga
  • Teste PCR do chefe da diplomacia brasileira deu negativo, segundo Itamaraty


O governo brasileiro não aparece na agenda oficial da Cúpula Global sobre a covid-19, que está ocorrendo nesta quarta-feira e promovida pelo presidente Joe Biden. A coluna revelou na semana passada que a administração brasileira havia sido sondada para participar do evento e, nos últimos dias, o Itamaraty e o Ministério da Saúde chegaram a estudar o anúncio de doações de vacinas do Brasil para os países latino-americanos.

Mas, na agenda oficial divulgada pela Casa Branca, não há nenhum representante do país. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, está em Nova Iorque. Mas, contaminado pela covid-19, cumpre quarentena em um hotel de luxo.

De acordo com o Itamaraty, todas as reuniões previstas para o chanceler Carlos França para esta quarta-feira foram suspensas. Segundo o governo, ele fez um teste PCR e o resultado, recebido na manhã de hoje, foi negativo.

A cúpula, porém, contou com líderes como o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e o diretor-geral da OMS, Tedros Gebreyesus. Também falarão a presidente da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen, os presidentes da África do Sul, Indonésia e da Coreia do Sul. Entre os primeiros-ministros estão os da Itália, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Índia, Japão, Noruega e Austrália.

Durante o evento, Biden anunciou mais 500 milhões de doses que serão enviados aos países mais pobres do mundo, em 2022.

O evento ocorre um dia depois que Bolsonaro usou a tribuna da ONU para defender o uso de tratamentos sem comprovação científica e de ter desafiado os demais países e entidades por não terem autorizado tais usos.

Entre as delegações estrangeiras, o presidente brasileiro foi ridicularizado, enquanto jornais em várias partes do mundo transformaram sua participação em chacota.