Eduardo Bolsonaro virou uma toxina com 741 mil cúmplices

Visto pelo ângulo da produtividade legislativa, o deputado Eduardo Bolsonaro é uma nulidade. Observado pela ótica da capacidade pessoal de produzir ódio e desinformação, esse representante da família Bolsonaro no estado de São Paulo é um portento político. Retorna agora às manchetes como protagonista de uma viagem oficial à Argentina cujo objetivo central teria sido difundir mentiras sobre o sistema eleitoral brasileiro.

Informa-se que a viagem teve o apoio institucional do Itamaraty e da Câmara. Cabe descobrir se esse apoio envolveu o desperdício de verbas públicas. Nessa hipótese, caberia uma ação para reaver o dinheiro do contribuinte. Seria cabível também uma representação contra o deputado no Conselho de Ética da Câmara. Mas o histórico das inúmeras iniciativas contra o filho de Bolsonaro nesse colegiado desaconselha o otimismo.

Vivo, Tancredo Neves diria que a cabeça de Eduardo Bolsonaro "parece um terreno baldio, onde as pessoas que passam jogam o que querem". O mandato parlamentar do deputado é 100% dedicado ao lixo. Flertou com a ditadura quando disse que, para fechar o Supremo, "bastam um cabo e um soldado". Criticado por seus hábitos antissanitários durante a pandemia, aconselhou as pessoas a enfiar "a máscara no rabo". Dias atrás, comparou professores a traficantes de drogas.