Sabatina de Marçal é um conto do vigário em que Boulos caiu
Pablo Marçal fez de 2024 uma espécie de centro terapêutico para tratar os políticos de suas loucuras. No primeiro turno, a disputa pela prefeitura de São Paulo foi uma psicanálise de grupo. Marçal era o maníaco. Seus rivais, os depressivos. Os candidatos eram clientes. O eleitor, terapeuta.
Marçal não saiu do processo eleitoral. Ao expurgá-lo do segundo turno, o eleitorado se deu alta. De repente, a três dias do final das eleições, o grotesco manifestou o desejo de retomar o tratamento. Marçal desafiou os finalistas Boulos e Nunes para uma sabatina —"sem gracinha", com "perguntas contundentes".
Herdeiro da maioria dos votos de Marçal, o "bananinha" Nunes deu uma banana para Marçal. Boulos, o "aspirador de pó", topou ser sabatinado por aquele que divulgou até laudo médico falso associando-o ao consumo de cocaína. Nada protege um candidato da loucura das pesquisas que expõem sua desvantagem.
A sabatina proposta pelo grotesco é um conto do vigário em que Boulos aceitou cair. Marçal é maníaco. Mas não rasga dinheiro. A exposição é o motor de sua fortuna. O processo eleitoral piorou muito. Mas sua conta bancária só melhora. Santa demência!
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