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Mauricio Stycer

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

E se a Netflix exibisse publicidade?

Série Round 6 (Reprodução/Netflix). - Reprodução / Internet
Série Round 6 (Reprodução/Netflix). Imagem: Reprodução / Internet

Colunista do UOL

09/02/2022 10h01

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Volta e meia alguém lança a ideia de que a Netflix deveria exibir publicidade em meio aos filmes e séries que oferece. O assunto voltou à tona neste início de 2022.

Apesar de ter chegado no final de 2021 com o impressionante número de 221,8 milhões de assinantes no mundo, e um sucesso planetário sem precedentes ("Round 6"), a Netflix não alcançou as metas de crescimento que havia fixado para o período. Em janeiro, a empresa fez uma previsão modesta para o crescimento do número de assinantes no primeiro trimestre deste ano. As ações despencaram.

Se a principal fonte de renda dá sinais de esgotamento, a empresa deveria buscar fontes alternativas. É aí que surge a carta da publicidade, segundo o raciocínio de alguns analistas financeiros, responsáveis por recomendações de compra e venda de ações nos Estados Unidos.

Laura Martin, da Needham, é uma das entusiastas desta ideia. Ela prevê um aumento no cancelamento de assinaturas, cujos preços aumentaram, e defende que a Netflix ofereça um plano "ad-light", de preço mais baixo com anúncios. A analista acredita que, se a Netflix começasse a vender anúncios, ela não apenas elevaria suas receitas, como reduziria o dos concorrentes.

O CEO da Netflix, Reed Hastings, já repetiu várias vezes que a empresa não tem intenção de vender publicidade. Mas desconfio que o assunto não vai desaparecer, especialmente neste momento de grande oferta e consolidação do mercado de plataformas de streaming.

Já há no mercado alguns serviços sustentados unicamente por publicidade. Ou seja, o usuário/assinante não paga nada para assistir filmes e séries, mas é obrigado a ver também os anúncios. O mais conhecido é o Pluto TV. Outro é o Vix.

O Globoplay, principal plataforma de streaming brasileira, tem a peculiaridade de oferecer conteúdos com e sem publicidade. Uns são para consumo exclusivo dos assinantes. Outros, como trechos de realities ou de novelas, são abertos a todos os usuários. Esse modelo híbrido gera reclamações de assinantes.

O UOL Play segue o modelo de plataforma baseada em assinaturas, mas a empresa prevê, no futuro, criar áreas separadas, uma exclusiva para assinantes e outra, com publicidade, aberta.

Pra esquecer

"Nos Tempos do Imperador" acumulou média de audiência de 16,9 pontos, a pior na faixa das 18h, desalojando do último lugar "Boogie Oogie" (2014), que registrou 17,4. O capítulo final da trama também bateu recorde negativo, com 17,6 pontos. A novela foi a primeira novela totalmente inédita da Globo desde o início da pandemia.

Pra lembrar

Exibindo o Cariocão 2022, a Record conseguiu a sua melhor audiência desde 2010 num domingo à tarde no Rio com o Fla-Flu. A emissora registrou média de 15,9 pontos contra 13,6 da Globo. O recorde anterior era de um episódio do "Programa do Gugu", exibido em 14 de novembro de 2010, que superou uma transmissão de futebol da Globo (Fluminense x Goiás) por 16 a 14,8 pontos.

A frase

"Eu me arrependi. Falava assim: 'Por que eu não tomei a vacina?' Esse vírus não é brincadeira, ele é traiçoeiro. Tem que tomar vacina. Aproveite essa chance que a gente está tendo, da vacina, e tome a primeira, a segunda, todas as doses necessárias para ficarem protegidos".

Depoimento exibido no "Fantástico" da aposentada Marília, que ficou três meses internada, sendo 21 dias intubada, por não acreditar na vacinação.

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