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Mauricio Stycer

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Em defesa da vacina, Fantástico exibe depoimento de 'antivax' arrependida

Marília, que se arrependeu de não ter tomado vacina contra covid, abraça a filha Vitória em reportagem do Fantástico - Reprodução
Marília, que se arrependeu de não ter tomado vacina contra covid, abraça a filha Vitória em reportagem do Fantástico Imagem: Reprodução

Colunista do UOL

07/02/2022 00h22

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Numa reportagem de nove minutos, neste domingo (06), o "Fantástico" deu uma importante contribuição à campanha pela vacinação contra a covid-19 e contra a disseminação de fake news sobre o assunto. O programa da Globo exibiu um bom depoimento de uma mulher que se arrependeu de não ter se vacinado.

O dominical da Globo contou a história de Marília, uma aposentada que ficou três meses internada, sendo 21 dias intubada, por não acreditar na vacinação. A filha Vitória explicou: "Ela estava insegura. Eram conversas bem difíceis, até indigestas, geravam atrito. Acho que a internet bombardeou todo mundo de fake news. Aqueles grupos de 60 pessoas encaminhando uns links sem procedência, sem fonte segura".

Marilia disse: "Eu me arrependi. Falava assim: 'Por que eu não tomei a vacina?' Esse vírus não é brincadeira, ele é traiçoeiro. Tem que tomar vacina. Aproveite essa chance que a gente está tendo, da vacina, e tome a primeira, a segunda, todas as doses necessárias para ficarem protegidos", incentivou.

A reportagem mostrou, ainda, que a maioria dos casos graves de covid hoje é de pessoas que não completaram o esquema vacinal. "E muitas delas se deixaram levar por informações falsas para não se vacinar", disse a apresentadora Maju Coutinho.

Em São Paulo, no Hospital Emílio Ribas, 100% dos leitos destinados à covid estão ocupados. A cada cinco internados, quatro não tomaram vacina ou estão com doses atrasadas. Um levantamento mostrou que, nos últimos três meses, 85% dos pacientes que morreram no local não tinham vacinação completa.

O jornalismo, de um modo geral, não deve tomar partido. Mas há situações que justificam um posicionamento, como o apoio a campanhas de informação sobre problemas de saúde.

Historicamente, no Brasil, a mídia encampa esforços públicos de vacinação. No caso da pandemia de coronavírus, uma campanha chamada "Vacina Sim" tem sido divulgada por um consórcio de veículos formado por UOL, Folha, TV Globo, g1, GloboNews, O Globo, Extra e Estadão.