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Debates presidenciais na TV terão alguma utilidade no 2º turno?
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Definido o confronto entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL) no segundo turno, em 30 de outubro, as empresas de comunicação já se movimentam para organizar debates com os dois candidatos. Em tese, há cinco propostas na mesa.
Os interessados em fazer debates são: 1. o pool formado por Band, UOL, Folha e TV Cultura; 2. RedeTV!; 3. Record; 4. o pool formado por SBT, CNN Brasil, Estadão e rádio Eldorado; e 5. Globo. Até o momento em que escrevo, já há algumas datas reservadas, mas ainda nenhum evento confirmado.
Acho improvável que todos esses debates ocorram. Nesta quarta-feira (05), Lula disse que cogita participar de um ou dois debates: "Eu sei que vai ter debate, mas não vou fazer mais debate do que o necessário. Eu posso fazer um ou dois debates mas eu quero ir pra rua conversar com esse povo".
A campanha de Bolsonaro confirmou a participação do candidato no debate promovido pelo SBT (e pool) no dia 21. A campanha de Lula declarou interesse em participar, mas não confirmou.
Uma questão a considerar neste momento é a utilidade, do ponto de vista dos candidatos, de um debate. Lula e Bolsonaro, somados, conquistaram 91,63 % dos votos válidos. Aparentemente, sobra pouco espaço para avançar. No caso do petista, ele precisa manter os votos obtidos e conseguir mais 2 milhões, aproximadamente, para vencer. Bolsonaro teria mais interesse num debate pois precisa de mais votos para mudar o resultado do primeiro turno.
A experiência dos três debates do primeiro turno não foi muito animadora. Os dois primeiros foram realizados no formato de pool, como havia sugerido a campanha petista. Um juntou Band, TV Cultura, UOL e Folha; o segundo foi organizado por SBT, CNN Brasil, Veja, O Estado de S. Paulo, Nova Brasil FM e Terra. O terceiro foi promovido pela Globo a três dias da eleição.
O primeiro debate ficou marcado pelas ofensas do presidente Bolsonaro à jornalista Vera Magalhães. O segundo, sem a presença de Lula, marcou a estreia de padre Kelmon (PTB) fazendo dobradinha com o presidente. E o terceiro, opondo frente a frente Lula e Bolsonaro, foi de uma agressividade terrível.
Debates são importantes pela tentativa (raramente bem-sucedida) de esclarecer visões dos candidatos e por serem um ritual que reforça o caráter democrático das eleições, além de atenderem a interesses e estratégias específicas de cada candidato no momento em que ocorrem. A ver como vão se comportar as campanhas de Lula e Bolsonaro a respeito.
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